Uma pesquisa realizada pelo Sind-Saúde/MG, durante dois anos, apontou que o perfil de servidores estaduais da saúde superendividados é crescente, pulverizado e pior: consumia uma margem altíssima dos salários e até outros benefícios como o vale transporte.
De acordo com a pesquisa, créditos consignados que comprometem mais da metade da remuneração líquida dos servidores públicos da saúde são a realidade dos chamados superendividados.
Com esse diagnóstico, o Sindicato criou, em parceria com o Procon Assembleia Legislativa, o Programa de Apoio e Negociação ao Superendividado. Núbia Dias, idealizadora do programa, advertiu que é preciso limitar a 30% da remuneração líquida para empréstimos consignados. E apresentou três pilares para deter a bola de neve: renegociação com os bancos, participação no curso e não pegar crédito consignado pelos próximos dois anos.
Lançado no final do mês passado, a primeira fase do curso de reeducação financeira irá atender a cerca de 450 servidores que estão hiper endividados para depois atender àqueles que correm menos riscos.
Há mais de três anos, os servidores não têm reajuste do salário e ainda o recebem parceladamente em duas vezes dentro do mês, além do 13º salário do ano passado em 11 parcelas, até dezembro de 2019.
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