Política

De olho no vácuo do centro, Tadeu quer se cacifar para 2026

Um dos construtores do Propag, programa alternativo de quitação da dívida de Minas com a União, o presidente reeleito da Assembleia Legislativa, Tadeu Leite (MDB), agora, mira 2026. Além desse projeto vitorioso, que articulou com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco(PSD), o que mais o incentiva é o vácuo no centro político em Minas.

De um lado, a extrema direita prepara o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos) para ser candidato a governador. A direita deverá ser sustentada pelo atual vice-governador, Mateus Simões (Novo). A esquerda, leia-se o PT, está sem rumo e constrangida em se expor por conta da alta rejeição. Com a recusa de Pacheco, Tadeu quer ocupar o campo do centro. Antes, fará consulta ao próprio Pacheco, que, em outras ocasiões, além de recusar a própria candidatura, o tem estimulado a seguir em frente.

Após garantir sua reeleição ao segundo mandato de presidente do Legislativo, Tadeu está usando o período do recesso parlamentar para avaliar o futuro. Outro dia recebeu mais de uma sondagem para ser vice. A partir de fevereiro, com o retorno dos trabalhos legislativos, vai se expor mais, exercer protagonismo maior e traçar agenda de viagens pelo interior mineiro.

Exemplo Fuad

A experiência exitosa do prefeito Fuad Noman (PSD), em Belo Horizonte, deixou lições animadoras contra os extremos políticos e a polarização política. Um deputado estadual não passa a ter mais votos junto ao eleitorado por ocupar o cargo de presidente, que lhe dá apenas força no meio político. Poucos conseguiram o exemplo de Alberto Pinto Coelho. Foi vice do governador Antonio Anastasia (PSDB) e, com a desincompatibilização dele, em 2014, para disputar o Senado, virou governador, mas não conseguiu ser candidato à reeleição.

Outro nome forte, Agostinho Patrus tentou em vão ser candidato a vice-governador e optou por se candidatar à vaga de conselheiro do Tribunal de Contas, onde hoje é vice-presidente. Por meio de sua força política, Tadeu Leite venceu Zema na disputa pelo comando da Assembleia e, no mês passado, se reelegeu. Teve participação relevante na construção do Propag, que Zema agora rejeita. O assunto deverá fomentar, entre eles, as divergências até então contidas.

Contra a “carnificina”

Depois de São Paulo, Belo Horizonte poderá suspender o serviço de transporte de passageiros por motocicletas (mototáxi). A iniciativa é do superintendente regional do Ministério do Trabalho, Carlos Calazans, ao solicitar audiência em caráter de urgência ao prefeito interino, Álvaro Damião. Ele defende, desde o ano passado, regulamentação segura para os passageiros e treinamento adequado para os profissionais. De acordo com ele, as operadoras estão habilitando qualquer motinha, que trafega com passageiros até mesmo em vias de alto risco, como o Anel Rodoviário. Em São Paulo como BH, o maior número de acidentes graves e de mortes no trânsito tem como causa o alto volume de motos.

40 anos da redemocratização

O país celebrou, nesta quarta (15), os 40 anos da redemocratização com a eleição do ex-presidente Tancredo Neves no Colégio Eleitoral. O Congresso Nacional não se mexeu por conta do recesso, porém, numa iniciativa de petistas e tucanos, haverá celebração no dia 15 março, data que marcaria os 40 anos da posse de Tancredo, que, por conta da trágica morte três meses após a eleição, não se realizou. Uma de suas promessas ficou consagrada e, depois dele, todos os presidentes foram eleitos pelo voto popular.

(*) Publicado no Jornal Estado de Minas

Orion Teixeira

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