Política

Veja quais partidos têm chances de eleger o próximo presidente

Quatro partidos ou agremiações partidárias irão eleger o próximo presidente da República e o maior número de governadores e de deputados federais. São eles, pela ordem, União Brasil/PP, PL, PSD e PT. Sairá dos quadros deles o nome do poder para o próximo quadriênio. Entre eles, estão os extremos da polarização (PT e PL) e os representantes do Centrão (União/PP e o PSD), que transitam do centro-direita à centro-esquerda.

Mais do que isso, o que os empodera é o robusto fundo partidário e maior número de deputados federais que garantem, ao próximo presidente, governabilidade no Congresso Nacional. Em um cenário de polarização, vencerá aquele polo que conquistar maior fatia de apoio do centro político. De um lado, o atual presidente, Lula da Silva (PT), defenderá a reeleição pelo campo da esquerda contra o rival apoiado pelo PL bolsonarista.

Estão cotados, nesse campo oposto, pré-candidatos aliados em outros partidos: os governadores paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos), paranaense Ratinho Jr. (PSD), e goiano Ronaldo Caiado (União). Por fora, ainda tem o nome do governador mineiro, Romeu Zema (Novo), em um partido aliado, mas desprovido de recursos partidários e tempo de televisão.

Zema e Tarcísio estão unidos por enquanto, foto Cristiano Machado/ImprensaMG

Para ter uma ideia do poder econômico dos partidos em uma eleição presidencial para este ano, estão previstos gastos de até R$ 100 milhões para uma candidatura. Nesse custo, estão os deslocamentos do candidato em jatinhos por todo o país, de norte a sul, leste a oeste. Junto disso, os investimentos em propaganda eleitoral, especialmente nos programas de TV e rádio e um sem número de assessores.

Na semana passada, o PSD de Gilberto Kassab recorreu a duas de suas lideranças nacionais, Ratinho Jr. (PR) e o gaúcho Eduardo Leite no horário de rádio e TV em rede nacional. A ideia é ampliar o número de deputados federais. O mesmo aconteceria com Zema. O Novo ficou avariado na última eleição, sem deputados federais e, se assim ficar, não terá futuro. Resumindo, o partido que tiver mais deputados federais também terá o maior tempo de TV na campanha eleitoral e mais dinheiro em seu fundo partidário e eleitoral. Por meio dessas, terá mais cargos no futuro governo para dar em troca a governabilidade.

Baixo voo tucano

Por conta disso, a pré-candidatura tucana de Aécio Neves ao governo de Minas subiu no telhado. O PSDB pretendia fundir-se ao Podemos para ter força e musculatura financeira. Sem isso, o partido não deverá ir muito longe.

Codemig: quem dá mais?

Antes mesmo de iniciar as negociações de adesão ao Propag, o novo programa federal de renegociação das dívidas dos estados, o governo Zema fez duas avaliações da Codemig. Um valor em caso de federalização, outro de privatização. Para a venda à iniciativa privada, aceitaria receber até R$ 30 bilhões, segundo a consultoria especializada Goldman Sachs. Em caso de federalização, fixou em R$ 59 bilhões, já que nesse processo não haveria concorrência. A Codemig é a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, a poderosa estatal do nióbio.

Transparência atrapalha

A Secretaria de Fazenda de Minas retirou de seu site a página na qual avalizava em R$ 59 bilhões a Codemig. A decisão foi tomada um dia depois que, na semana passada, o governo bateu boca com a oposição e não compartilhou as informações que tem sobre o valor real da empresa. Foi na mesma Assembleia que o deputado Professor Cleiton cravou o valor de R$ 60 bilhões. Ao ouvir a estimativa, o vice-governador Mateus Simões desconversou.

Sem CBMM não dá

Outra informação e medida importantes que o governo Zema escondeu dos deputados são sobre a renovação do contrato com a Confederação Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM). O atual contrato tem validade de seis anos. Após a descoberta dessa condição, o governo formalizou interesse, mas ainda não renovou. Noventa por cento da receita da CBMM vêm da liga ferronióbio que vai no aço e chapas.

Dividendos da estatal

Na mesma linha, o Sindifisco MG e a Affemg defendem que o governo preserve o patrimônio estratégico, além de economizar R$ 100 bilhões em favor do interesse público. Como seria feita essa mágica? Recorrendo aos dividendos da companhia nos próximos 30 anos pelo valor de R$ 198 bilhões. A proposta foi apresentada aos deputados estaduais.

Bolsas de apostas ao TCE

O quesito tempo de casa está favorecendo os nomes dos deputados Alencar da Silveira (PDT), Adalclever Lopes (PSD) e Ione Pinheiro (União) para duas das três vagas de conselheiro do Tribunal de Contas.

PL ignora Zema

A notícia de que o governo Zema teria convidado o deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PL) para a Secretaria de Estado de Cultura não caiu bem na direção do partido. De acordo com integrantes da direção dos liberais, eles não foram consultados, a exemplo do que ocorreu com a nomeação da deputada estadual Alê Portela para a Secretaria de Assistência Social. Tanto é que a bancada do PL na Assembleia é uma das mais infiéis ao governo Zema.

Orion Teixeira

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