Pesquisa Quaest, de ontem (26/02), consolidou fevereiro como uma pá de cal nos planos de Lula (PT) para 2026. Crédito: Reprodução da TV
O tempo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP) presidente da República, comprova a recente pesquisa de opinião pública, se esgotou. Mas ele se recusa a aceitar os novos tempos da sociedade e não muda posicionamento político. A aposta em políticos baianos não surtiu efeitos desejados.
Nos governos Lula 1 e 2, a república do sindicalismo do PT/CUT encobriu o país de escândalos políticos. Polícia Federal e MPF, MPE etc. apuraram roubos em cofres do Tesouro Nacional e de Estatais. O país, então, conheceu Mensalão, Correios, Petrolão, Lava Jato e outras tramas.
Lula foi denunciado, investigado, processado, condenado e preso. O Supremo Tribunal Federal (STF), interrompeu a prisão e suspendeu o julgamento. Não o inocentou.
O STF, então, permitiu Lula retornar ao Planalto nas eleições de 2022. Mas não foi gol de placa do seu eleitorado: Lula (50,90% dos votos válidos – TSE) e Jair Bolsonaro (49,10%).
O pleito teve cor e cheiro de plebiscito, sem o DNA de renovação. O Governo Bolsonaro (PL-RJ) construiu marca inegável de gestão genocida. Negou e socorro imediato e atrasou a compra das vacinas. O país registou mais de 700 mil mortos. Bolsonaro, portanto, se tornou um indesejável nas conversas. Mas continuava forte nas redes sociais.
Além disso, Bolsonaro e seus generais colocaram tanques em plena Praça dos Três Poderes, em Brasília, para intimidar Congresso e STF. E mesclou outros atos que sinalizavam tentativa a marcha de novo golpe militar.
Clube Militar publicou incitação dois dias antes
Todavia, a opinião pública vive do presente. Em fração de minutos, nas redes sociais, processa e interpreta as atitudes e/ou ausência do Governo Lula. Os institutos de pesquisas, então, traduzem as cobranças virtuais. Leia:
Combo da rejeição a Lula: governo ruim, corrupção, idade, …
Pois bem. Era esperado que Lula 3 e o PT tivessem assimilado aprendizados da longa temporada (14,4 anos) de Poder. O petista governou de 1º de janeiro de 2003 a se encerrou em 12 de maio de 2015 (afastamento de Dilma Rousseff para julgamento).
Lula teve mandatos seguidos (2003-2010). Todavia, continuou dando as cartas na gestão de Dilma, a afilhada e sucessora. Esta ilustrou misto de obediência e incompetência. Não assinava sozinha nem votos de parabéns. Em tudo, embarcava em avião da FAB para ouvir o padrinho, em São Bernardo do Campo (SP), ninho do sindicalismo lulista.
Mas Lula voltou o mesmo. Antes de reassumir a Presidência da República, por exemplo, atacou a legislação com negociatas. Em uma dessas, para alojar aliados do PT no comando da Petrobras, BNDES etc., negociou mudanças Lei das Estatais, que proibia a entrega a políticos.
Em dezembro de 2022, o petista armou verdadeira mutilação na Lei. Usou como moeda de troca apoio à reeleição dos então presidente da Câmara, deputado Athur Lira (PP-AL) e senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Os dois estavam na cúpula do Congresso graças ao firme empenho de Bolsonaro.
Lula 3 e o casuísmo pró-Mercadante no BNDES
A formação do Ministério e os seguidos arranjos são sorvetes com coberturas de fisiologismos tropical. E, com esse cardápio, entra o puxadinho da presente ‘reforma ministerial’.
De reforma ministerial impera o zero. É, isto sim, 100% desespero de Lula. Ele quer alojar novos cabos eleitorais disposto a empurrar seu nome em 2026.
As trocas de pessoas do 1º escalão nas crises são uma marca de Lula. Neste Carnaval, talvez, a bala de prata imaginada pelo petista. Ela será turbinada por assinaturas diárias de gastos – Orçamento da União de 2025 ainda não foi aprovado.
Esta agenda carnavalesca do Planalto, a bem da verdade, é uma constante desde 19 de abril de 2023 (Dia do Índio). Na época, o general chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias.
A raiz da baixa do amigo de Lula: revelações do episódio invasão e depredação do Planalto, Congresso e Supremo Tribunal Federal (STF). Foi no 8 de janeiro, a tentativa de golpe dos bolsonaristas, que não aceitaram a vitória do petista.
De lá para cá, viraram lugar comum as demissões de ministros e secretários com status de ministro de Estado. Tudo para dourar crises e atender acertos partidários.
Na terça (25/02), Lula demitiu a ministra Saúde, cientista Nísia Trindade. Voltou com o ex-ministro da mesma pasta no Governo Dilma, o político Alexandre Padilha (PT-SP). Este abre vaga nas Relações Institucionais e uma sequência de arranjos regionais.
O inquilino do Planalto faz novo polvo fisiológico e mantém a sede da continuidade no Poder. Pouco se importa com os tombos seguidos das pesquisas de fevereiro: corre cego para 2026.
O blend dos rearranjos retrata uma biruta querendo brigar com o vento. Rajadas cruzadas, de correntes descontroladas do próprio PT, empurram nuvens por uma desistência Lula.
As apostas dos arranjos, até o presente, levam pauladas.
Enquanto isso, o custo dos alimentos na mesa do consumidor (no varejo) fala alto nas avaliações do Governo.
Essas tentativas de retoques, para dar fotografia palatável ao Governo, todavia, não curvaram a opinião pública. A pesquisa de ontem (26/02) do instituto Quaest desabou o telhado do Planto.
A desaprovação de Lula está acima dos 60% em estados que são dois terços do eleitorado do país.
A maior aposta recente do petista foi entronizada em 14 de janeiro, o marqueteiro baiano Sidônio Palmeira. Ele chefia a Secretaria de Comunicação Social (Secom). Missão única: divulgar Lula aos quatro ventos e colocar no chão as torres das rejeições nas pesquisas.
O marqueteiro, entretanto, encara uma pedreira no caminho: Janja, a mulher de Lula. Ela criou sua republiqueta na área da Secom, loteada por amigos e indicados destes.
Sidônio deu varada n’água na estreia. Deixou Lula tocar a reunião da mijada em cima dos ministros, em 20 de janeiro. Coincidiu, portanto, com a posse de presidentes dos Estados Unidos. Claro, não houve espaço de mídia espontânea.
Marqueteiro de Lula micou em dia de Trump
Avançando em trapalhadas próprias, o marqueteiro impõe método não visto nem nas ditaduras Vargas (1930-1945) e militar (1964-1985). No desespero para tentar reverter a desaprovação do chefe, impôs convocação de redes de Rádio e TV a cada 15 dias. Com um castigo: reprise 12 horas após. Ele tem, claro, aprovação de Costa e Wagner.
O fundador do PT vai, portanto, incomodar o eleitor nos chamados horários nobres, noturno e matinal.
Lula, até então, cambaleava sob as ordens de outros dois políticos baianos ex-governadores e fundadores do PT-BA.
De um lado, Rui Costa, ministro-chefe da Casa Civil, comanda uma vertente que ganhou força. Na reunião ministerial das reprimendas, Lula determinou que nada mais será feito sem passar por Costa. Ou seja, fortaleceu o capataz do Planalto.
O senador Jaques Wagner (PT-BA), nascido no Rio de Janeiro, lidera a bancada do Governo no Senado. O ex-ministro do Trabalho se desdobra para conter correntes contrárias a Lula em 2026
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