Zema e Paulo Brant tomaram posse em 2019, foto Ricardo Barbosa/ALMG
Tratado como sócio menor, o PSDB está dando 15 dias para que o governador Romeu Zema (Novo) convide um tucano para integrar a chapa dele à reeleição como vice ou a senador. A informação foi dada pelo vice-governador do Estado, Paulo Brant (PSDB), ao avaliar a demora do governador e do partido Novo em definir a chapa e o desinteresse deles pelo PSDB.
“No início, o governo esteve mal avaliado e com muitas dificuldades. Foi o PSDB que deu e garantiu apoio e governabilidade, mais até do que próprio Novo que, às vezes, votava contra. O PSDB esperava esse reconhecimento, mas hoje é tratado como sócio menor”, avaliou o vice-governador que se elegeu com Zema pelo Novo, mas, após divergências, migrou para o PSDB. Para ele, o tratamento não é compatível com o legado político tucano.
Brant disse que há uma ala do Novo que quer um candidato a vice do próprio partido sob o argumento de que, caso seja reeleito, Zema poderia renunciar para disputar outro cargo em 2026. “Eles estão oferecendo a vaga de senador para um dos partidos aliados”, confirmou o atual vice, admitindo que o convite tem sido mais forte para os outros partidos do que para os tucanos. Hoje, Brant é ignorado e tolerado dentro do governo e não é chamado para discutir qualquer assunto.
Apontou que havia uma diretriz no partido Novo, que agora será quebrada, de não se aliar a partidos que usassem o fundo partidário e eleitoral para financiar suas campanhas. “Eu não vejo problemas, se a lei é assim”, disse ele, afirmando que o maior problema do governo Zema foi não dialogar e montar uma base de apoio na Assembleia.
Além disso, considerou fundamental ser aliado ou parceiro do presidente da Assembleia para que a governabilidade seja efetiva. “A relação está ruim para todo mundo”, avaliou, considerando que, dificilmente, o projeto de Zema de adesão ao regime de recuperação fiscal seria aprovado no atual mandato. “Programa complexo, e o clima não está bom para isso”, disse, apontando a necessidade de mais diálogo.
Observador da cena política, Brant reconheceu que a entrada do senador Carlos Viana (PL) como candidato a governador com apoio de Bolsonaro será um fato novo na disputa. “Bolsonaro transfere para ele uns 15%, afetando mais a Zema do que a Kalil”.
Em linha alternativa, caso o prazo vença e o convite não seja formalizado, os tucanos planejam lançar candidato próprio. O nome de Brant é o mais cotado. Nesse período de duas semanas, os tucanos acreditam que também estará solucionado o impasse da terceira via, de candidato de consenso do centro democrático na disputa presidencial. Os tucanos estão rachados por conta da pré-candidatura a presidente de João Dória, ex-governador de São Paulo.
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