Política

Viés ideológico também está pautando a economia, sugere Guedes

Se perguntarem para o presidente Jair Bolsonaro (PSL) sobre os problemas da economia, ele vai dizer “pergunta pro Paulo Guedes”, seu ministro da Economia. Faz isso desde a campanha eleitoral para reafirmar que não entende do assunto. E o que diz o ministro?

Paulo Guedes afirmou, nessa quinta-feira (15), que os problemas no mercado financeiro internacional não vão impedir a recuperação econômica do Brasil.

Segundo ele, mesmo se o mundo acabar, o Brasil vai sair do buraco. Disse também que o Brasil não precisa da Argentina para crescer.

Deixando de lado os arroubos ideológicos, a economia do Brasil teve retração no segundo trimestre, conforme dados do Banco Central, afetando as expectativas de crescimento neste ano. Não há salvação próxima.

E não adianta vender ilusões, porque os sinais não são nada bons. Se os grandes como China e Alemanha estão vendendo dólar, levando o mundo a temer a desaceleração na economia mundial, o Brasil será um dos primeiros a sofrer retração.

Os técnicos admitem que a recessão técnica já chegou após dois trimestres consecutivos de queda no Produto Interno Brasileiro (PIB). São reflexos da crise econômica mundial.

O que mais disse o ministro: que o governo brasileiro tem mais química com o atual presidente argentino (Macri), mas que se quem vencer as eleições no país vizinho for Cristina Kirchner, vice na chapa de oposição, “também não haverá problema”.

Segundo Guedes, se a ex-presidente quiser sair do Mercosul, acaba-se com o bloco econômico, e o Brasil segue negociando separadamente acordos comerciais.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, entende do assunto mais do que Bolsonaro, mas, se entrar no jogo ideológico do chefe, vai perder o rumo da economia e de sua expertise, assim como sucedeu a Sérgio Moro (ministro da Justiça) no campo de sua atuação.

Entenda o que a recessão técnica significa para a economia brasileira

Orion Teixeira

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