A Vigilância Sanitária, em Minas Gerais, determinou interdição cautelar de lotes do fubá “Pink” e da farinha trigo “Tia Nena”. Os produtos representam “risco de agravo à saúde da população”, asseguram as notificações da Gerência Colegiada da Superintendência de Vigilância Sanitária do Estado de Minas Gerais, baixadas em 03/01. Os produtos pertencem à Alnutri Alimentos Ltda (Grupo DGH Foods), de Contagem (MG), e o Moinho Sete Irmãos Ltda, de Uberlândia, e respectivamente.
As medidas foram baseadas em laudos de análise de amostras dos produtos emitidos por laboratório do Governo de Minas. Ou seja, ação direta da Secretaria de Estado de Saúde.
A farinha de trigo enriquecida com ferro e ácido fólico Tipo 1 “Tia Nena” foi reprovada no lote 25133 08, com vencimento até 08/03/2022. Na Determinação de Interdição Cautelar SES/SUBVSSVS-DVAA nº. 40162786/2021, consta: “… por representar risco de agravo à saúde da população, em virtude de apresentar (263 ± 4)µg de ácido fólico por 100g do produto, teor superior ao limite máximo estabelecido para este produto (220µg/100g), conforme determina o artigo 5° da Resolução RDC nº 150, de 13 de abril de 2017”. E salienta: “O mencionado risco está evidenciado no laudo de análise nº 2245.1P.0/2021, emitido pela Fundação Ezequiel Dias (FUNED), Laboratório Central de Saúde Pública deste Estado”.
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O Moinho Sete Irmãos foi fundado em 1954. Na página web, a empresa, citando outro item, faz publicidade à qualidade de seus produtos. “Nosso produto âncora, a Farinha de Trigo Lunar, graças à sua qualidade inconteste, conquistou e mantém posição de destaque nos mercados de Minas Gerais, Noroeste de São Paulo e Centro-Oeste do Brasil”.
E, no subitem Segurança Alimentar, acrescenta: “Com objetivo de adequarmos nossos produtos aos requisitos que garantam completa segurança alimentar, o Moinho Sete Irmãos obedece a todos os requisitos determinados pelas Boas Práticas de Fabricação (BPF)”. O moinho abastece tanto o segmento de consumo de varejo quanto o da produção industrial.
A amostra de fubá enriquecido com ferro e ácido fólico “Pink” reprovada pertence ao lote 0000008748, com data de validade 12/07/2022. A Notificação desta Interdição Cautelar SES/SUBVSSVS-DVAA nº. 40232230/2021, registra o mesmo histórico de “risco” emitido no laudo da farinha Tia Nena. Varia, entretanto, os resultados técnicos da análise. “… por representar risco de agravo à saúde da população, em virtude de apresentar (14,5 ± 1,7) mg de ferro por 100g do produto, teor superior ao limite máximo estabelecido para este produto (9mg/100g), conforme determina o artigo 6° da Resolução RDC nº 150, de 13 de abril de 2017”.
Fundada em 1964, desde 2019, a Alnutri pertence ao Grupo DGH Foods e, além de Contagem, tem, unidade em Sorocaba (SP).
A Alnutri, assegura sua mídia institucional, segue padrão de produção. “Todas as linhas de produção são automatizadas, sem contato manual com os produtos. Os funcionários são altamente capacitados e treinados para garantir o alto padrão de qualidade”. No varejo, a Pink coloca outros itens, como, por exemplo, feijão, amendoim, derivados de mandioca e milho, trigo, lácteos, chocolate. Além disso, tem portfólio denominado como de “linhas especiais”.
Alnutri criou a Unidade de Negócios Marcas Próprias. Trata, portanto, dos contratos de envase de alimentos com identidade de terceiros. Entre essas está a Qualitá. “Qualitá, marca exclusiva do Extra, Pão de Açúcar e Compre Bem (…)”, informa o Grupo Pão de Açúcar (GPA).
O DGH Foods (DGH Alimentos S.A.) controla também as marcas principais Hikari, MatPrim, Supralac e Apetite. O grupo foi criado em 2018. No ano seguinte, o acionista majoritário, Stratus SCP Coinvestimento III – Fundo de Participações em Multiestratégia, aportou R$ 98 milhões. Marcou nas metas, além de aquisições, abertura de capital social, ou seja, ingresso no mercado de capitais.
DGH Foods apresentou no balanço patrimonial consolidado de 2019, receita líquida de R$ 259,451 milhões e prejuízo lucro líquido de R$ 22,1 milhões. As dívidas bancárias somavam R$ 50,797 milhões, amortizadas, principalmente, por R$ 122,765 milhões em caixa e equivalentes.
A dívida líquida contabilizada em 31 de dezembro de 2019 estava em R$ 71,968 milhões. Ou seja, suportável, naquele momento, dentro do patrimônio líquido de R$ 169,403 milhões. Deste valor, R$ 165,079 milhões representados do capital social.
No ano passado, a DGH Foods lançou no balanço receitas líquidas de R$ 428,608 milhões. Portanto, cresceram 65,1% nominais. O prejuízo líquido ficou ligeiramente inferior, de R$ 18,358 milhões. O patrimônio líquido caiu para R$ 151,362 milhões, mas, o capital permaneceu inalterado.
Os dados dos balanços foram auditados pela Ernst & Young Auditores Independentes.
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