Ao contrário do que disse, o governador Romeu Zema (Novo) está usando a demissão em massa de cargos comissionados no estado para fazer política. Para justificar, disse que a medida é de rotina quando se toma posse, alegando ainda caça a “funcionário fantasma”, para sossegar a opinião pública, mesmo depois de quatro anos de gestão.
A ação incomum em caso de governo de continuidade (reeleito) sinaliza riscos políticos, no caso, a derrota de seu candidato a presidente da Assembleia Legislativa, Roberto Andrade (Avante). A maioria desses cargos é de indicação política, ou seja, o governo vai usar a máquina para garantir apoio à eleição de seu candidato. Se o deputado ficar alinhado, suas indicações serão reconduzidas.
Uma dessas nomeações causou desgaste, por exemplo, na semana passada, com a nomeação do reitor da Unimontes (Universidade Estadual de Montes Claros). Dias antes, o governador havia parabenizado o mais votado, o professor Antônio Alvimar, dizendo ainda que iria reconduzi-lo ao cargo que ocupava desde 2018. No dia 31 passado, Zema nomeou o segundo colocado, Wagner de Paulo Santiago. Em nova mensagem ao ex-reitor, desculpou-se, argumentando que não foi comunicado da mudança e que ela fazia parte de articulação política na Assembleia para ter apoio político.
A nomeação do segundo colocado atendia à reivindicação do primo dele, o deputado Arlen Santiago (Avante), que, agora, deverá integrar a base e votar no candidato de Zema.
Tudo somado, o governador reempossado está disposto a corrigir os erros do primeiro mandato mesmo que isso comprometa seu discurso moralista de gestão independente e técnica. O maior erro no primeiro mandato foi não ter tido apoio político para administrar o estado. Brigou mais do que se entendeu com os deputados estaduais. Como se vê, está determinado a eleger um aliado na Presidência da Assembleia Legislativa, caso contrário, avalia, que os problemas podem se repetir.
Além do uso de cargos com fins políticos, Zema ainda terá que alinhar sua base. Afinal, ela tem hoje dois candidatos a presidente em clara divisão, Roberto Andrade (Avante) e Antônio Carlos Arantes (PL). A situação favorece o terceiro candidato, do chamado grupo independente, Tadeu Leite (MDB).
“As exonerações dos servidores de Recrutamento Amplo levam em consideração a necessidade de reorganização e reestruturação administrativa, com vista à racionalização do uso dos recursos públicos e promoção do aumento da produtividade dos servidores que integram o Grupo de Direção e Assessoramento da Administração direta e indireta do Poder Executivo.
Ficam ressalvados os casos em que os ocupantes respondem por unidades indispensáveis ao funcionamento mínimo da máquina pública e à prestação dos serviços essenciais à população, assegurando o atendimento aos princípios da Administração Pública, sobretudo os da legalidade, impessoalidade, eficiência e razoabilidade.
Os cargos serão ocupados pelos mesmos servidores, ou por novos, após análise das secretarias responsáveis pelas respectivas vagas”.
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