Teve muita repercussão a mudança de posição do governador Romeu Zema (Novo) com relação aos ataques de Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à democracia. Na semana passada, negou-se a assinar documento de 14 governadores a favor da democracia e do STF, afirmando não entrar em “intrigas palacianas”. Sua posição foi criticada e tratada como omissão. Mais do que isso, o presidente da Assembleia Legislativa de Minas, Agostinho Patrus (PV), enxergou longe e disse que “não se posicionar era ficar do outro lado”. E foi isso que Zema acabou assumindo.
Ao ouvir seu marqueteiro, o governador mineiro decidiu abraçar o bolsonarismo, claro, de olho nas eleições do ano que vem, até porque o apoio a Bolsonaro não trouxe ganhos aos Estado. Qual a lógica nisso? O marketing reinante na Cidade Administrativa é de que essa posição garantiria a ele os 30% do bolsonarismo, patamar do qual faria sua base de lançamento eleitoral. Uma estratégia de altíssimo risco, já que a presença de Bolsonaro começa a ficar tóxica, com quedas nas pesquisas e carimbos antidemocráticos.
Se Zema teve o oportunismo de unir seu nome ao bolsonarismo na eleição passada, agora, essa opção se apresenta inoportuna. Ao agarrar os 30% bolsonaristas, ele estará deixando livres os outros 70% para os rivais. Além disso, poderá passar a campanha inteira explicando os atos, omissões e negligências do presidente e candidato à reeleição.
Sua manifestação de criticar as instituições que Bolsonaro ataca, o STF e o Congresso Nacional, fizeram muito sucesso entre os bolsonaristas, como o pastor Silas Malafaia. Sem citar nomes, Zema criticou o Supremo por conta de decisão monocrática do então ministro Marco Aurélio (hoje aposentado). Em outubro passado, o ministro mandou soltar o que Zema chamou de “bandido de altíssima periculosidade”. Ele referia-se a André do Rap, considerado um dos principais traficantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). É uma crítica sustentável, mas não tem nenhuma relação com a governabilidade, como tentou vincular. Em geral, a criminalidade e o direito penal são sempre discursos fáceis e de grande apelo junto à opinião pública.
Ainda assim, no contexto em questão, é uma crítica equivocada, porque o que está em discussão são as instituições, a democracia e a independência de julgar do Judiciário. É preciso perguntar se o governador cumpre, por exemplo, a legislação em sua política penitenciária. Não fosse o Judiciário mineiro, que determinou a prisão domiciliar de alguns presos nessa pandemia, provavelmente, Minas poderia ter um genocídio nos presídios.
Quanto ao Congresso Nacional, Zema criticou uma das centenas de projetos lá aprovados como o fundo eleitoral do financiamento público de campanha. É claro que a maioria dos cidadãos irá criticar aqueles valores bilionários para financiar campanhas, embora todos os políticos usam os recursos. Até mesmo o partido Novo, do governador, quando participa do horário gratuito eleitoral, que é pago com dinheiro público.
As duas críticas de Zema ao STF e ao Congresso Nacional não foram bem medidas. Como se sabe, o STF tem garantido parcialmente a governabilidade da gestão de Zema com a manutenção de liminar que o deixa sem pagar o serviço da dívida junto à União. São cerca de R$ 800 milhões mensais.
Um dia depois de sua crítica, Zema reuniu-se com o presidente do Congresso Nacional, o senador mineiro Rodrigo Pacheco (DEM), pedindo seu apoio. Quer fazer acordo com mineradora Samarco da tragédia de Mariana a exemplo do que o Judiciário mineiro fez para ele na tragédia de Brumadinho no acordo com a Vale. E o que fez o governo Bolsonaro para Minas ou para o governo Zema? Nada.
Se a preocupação maior de Zema é com a periculosidade, igualmente é preciso perguntar o que é periculosidade e quem é mais perigoso ao país. Afinal, há um presidente que, desde o início da crise sanitária, não combate à pandemia, estimula aglomerações, é contra o uso de máscaras e o isolamento social. São medidas simples e baratas que salvaram e ainda salvam vidas. O país já perdeu mais de 570 mil vidas.
Bolsonaro ainda demorou a comprar vacinas e, quando autorizou, fez com tanto desprezo que aproveitadores de plantão tentaram promover escândalo de corrupção e ele nada fez. E o perigo não é só na saúde, não. Trata-se de um presidente que acaba com a paz social e dissemina o ódio. Quem dissemina o ódio e ataca as instituições comete crime. Esse é risco no qual o governador mineiro está se metendo para tentar ficar mais quatro anos.
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Pois é, Zema acaba de me fazer arrepender de ter votado nele. Sai do lado do mau!!
Vote no Pimentel de novo. Otario
Em 22,Zemané volta pra Araxá,otário.
Reportagem típica de Esquerdopata acostumado a manipulação !
Qualquer análise isenta sobre a posição do Zema poderá concluir que ele foi Ético, honesto corajoso verdadeiro e com a devida isenção . Críticas não podem ser seletivas !
POSTURA DE UM ESTADISTA!
Artigo raro em tempos sombrios !!
Nosso futuro presidente em 2026!!
concordo
Minas não há mais Maurício Dom Joca
Bolsonaro é um idiota completamente despreparado para exercer o cargo que lhe foi confiado. Mas comparar sua periculosidade com a de um traficante do tamanho do André do Rap chega a ser desonesto, para não dizer ridículo... O senhor Orion Teixeira, que escreveu esta bobagem, prefere encontrar o primeiro ou o segundo em um beco escuro? Comparação ridícula... até para o padrão de Estado de Minas...
Você é bozonazista mesmo pra escrever uma asneira dessas.
É um idiota completamente despreparado pra escrever aqui.
UMA ANTA!!!!!!!
Quanta arrogancia e quanta soberba. O que faz um jornalista achar que está acima das pessoas e que sua opinião prevalece. Quanta ignorancia, mal sabe que na verdade tem o desprezo de milhares de cidadãos que nao aguentam mais os arroubos autoritários de certas autoridades e órgãos de imprensa.
Um absurdo
Acho que o Governador está certíssimo! Também acho que seria um excelente presidente da República.
Eu concordo com o Zema. Tem meu apoio. Tò do lado do Brasil.
Que tipo de reportagem é essa? Tá achando que vai convencer quem com sua opinião sr. repórter? faça - me a gentileza de postar mensagem de esclarecimento, não tendenciosas.
Esse blog é uma piada, faltou falar do Gilvan, Julvan, ou sei lá qual o nome do presidente da AMM, sempre fala dele, se o Zema pindura um picolé com o tio da esquina e vai falar da dívida o blog já corre pra falar que o Gilvan tá tentando "resolver" a dívida do governo com os municípios. KKKKKKKK eu amo esse Orion! Melhor comediante do EM.
Em 22,duas certezas:o Cruzeiro continua na série B e o
Zemané perde pro Kalil.kkkkkkkkkkkk
30 % e bom para o primeiro turno, ja no segundo turno é fraco
Não vi evidências, em seu discurso, Zema assumir o bolsonarismo. Essa coluna está tendenciosa a promover uma falsa imagem do governador. Ele ponderou q movimentos de governadores contra o executivo federal é politicagem e palanque para 2022. Zema foi ético ao justificar que tem críticas aos 3 poderes e partir para o conflito com apenas 1 é uma hipocrisia e manobra interesseira para o favorecimento de alguns políticos.