Gol da insensibilidade no país no futebol

Os clubes do Rio Grande do Sul estão desobrigados pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) dos compromissos do Campeonato Brasileirão, em função das enchentes. Mas só até o dia 27.

Os estádios do Grêmio e Internacional, Arena e Beira-Rio, em Porto Alegre, foram inundados pela cheia do Rio Guaíba, desde a semana passada. Clubes de outros estados ofereceram suas instalações aos gaúchos. O presidente do Internacional. Alessandro Barcellos, agradeceu de forma emblemática: “Nós não vamos abandonar o nosso povo nesse momento. Nós não vamos sair do Rio Grande do Sul e deixar as pessoas aqui sofrendo. Isso é fundamental nesse momento”. 

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Mas, solidariedade efetiva precisa ser grandiosa. Os chamados “grandes clubes“, como Flamengo, Botafogo, Fluminense, Palmeiras, Santos, Corinthians, São Paulo, Atlético Mineiro, Cruzeiro, Bahia, Fortaleza, … deveriam sair do campeonato, até esse momento de pesadelo para o RS passar.

O expediente deveria ser estendido aos calendários da Conmebol, que comanda os campeonatos da América do Sul: Copa Libertadores e Sul-Americana. Pouco importaria, portanto, se clubes da Argentina e Uruguai somariam ainda mais conquistas que os do Brasil.

CBF se mantém insensível; até o Governo apelou

O Governo Lula, que age com algum atraso, defenderá a paralisação, revelou ontem (09/05) o ministro dos Esportes, André Fufuca (PP-MA). A CBF, porém, até este momento, não sinalizou gesto de sensibilidade.

A Confederação enviar R$ 1 milhão é exemplar, mas pouco. Os jogadores dos outros clubes entrarem em campo segurando a bandeira do RS tem mesmo peso.

Clubes e CBF deveriam suspender o campeonato por período maior. Nesse interregno, poderiam se ocupar com calendário solidário, por exemplo, subsidiado pela Confederação. Assim não paralisariam por completo suas atividades

A CBF, todavia, dá ombros geral. Prova maior é que, nesta sexta (10/05), manteve a convocação dos jogadores da Seleção Brasileira para Copa América.

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