A indústria de papel e papelão Irani Papel e Embalagem S.A. ingressará na produção comercial de energia elétrica. Produzirá, então, para consumo em suas fábricas e comercialização. A proposta da diretoria será submetida aos acionistas, em AGE, dia 12 de julho. O novo negócio implicará, portanto, em alteração do objeto do Estatuto Social.
Irani é companhia de capital aberto, ou seja, com ações do capital listadas na Bolsa de Valores B3 e sede em Porto Alegre (RS). A fábrica foi fundada em 1941, em Vargem Bonita (SC). O capital da empresa é controlado pelo Grupo Habitasul e figura entre líderes no segmento de papelão no mercado interno.
A companhia tem histórico em geração energia hidrelétrica desde 1945 (Usina Flor do Mato). E também em cogeração, ou seja, aproveitamento de fonte no processo da obtenção da celulose. Na semana passada, por exemplo, a Irani anunciou aumento na cogeração, via “caldeira de recuperação química”. O equipamento proporcionará aumento de 56% na geração própria de energia.
Entretanto, as instruções para a AGE, enviadas aos acionistas, o item “Efeitos econômicos e jurídicos” destacam as pequenas centrais hidrelétricas (PCH). E, além disso, faz menção aos procedimentos de outorga na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Os acionistas, portanto, decidirão sobre nova fase. A ordem do dia da AGE é: “i. Alteração do artigo 3°, caput, do Estatuto Social da Companhia para acrescentar novas atividades ao seu objeto social, com sua respectiva consolidação”. E será apreciado, então, o seguinte acréscimo ao Estatuto: “e g) geração de energia elétrica, para uso próprio e comercialização”.
O capital subscrito e integralizado da Irani é de R$ 566,8 milhões. Os principais acionistas são: Irani Participações S.A. (40,07%), Habitasul Desenvolvimentos Imobiliários S.A. (8,97%) e Companhia Habitasul de Participações (6,64%). No mercado estão pulverizados 42,35% das ações, e, em tesouraria, 1,96%
O complexo fabril da companhia está em quatro estados. Duas plantas ficam em Vargem Bonita (SC). Outras três distribuídas por Indaiatuba (SP), Balneário Pinhal (RS) e Santa Luzia (MG).
No 1T23, as receitas somaram R$ 406, 8 milhões, mesmo nível do 1T22 (R$ 407,9 milhões). O lucro líquido, todavia, encolheu 27%, para R$ 82 milhões, na comparação de mesmos períodos.
Irani comunicou, na segunda (19/06), ao mercado que obteve êxito em uma das demandas contra União. No caso, o reconhecimento do “direito de crédito de sobre aquisição de aparas” (de papel).
Essa ação judicial proposta pela companhia transitou em julgado naquela data. A decisão favorável reembolsará, portanto, a Irani em “aproximadamente R$ 220 milhões”.
O ingresso desses recursos extras, entretanto, não será de imediato. “… deverá ocorrer nos próximos 2 anos via compensação com tributos federais”, observou a Irani.
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