Nessa onda, botar pressão contra o STF, apareceu até o pastor Silas Malafaia entrou em cena. E se perpetua contra o Governo Lula, ironicamente, por um aliado político histórico: MST. Lula enfrenta um mês da greve no ensino.
O Governo Lula (PT-SP) não tinha argumentos para dobrar o Supremo Tribunal Federal (STF) contra a revisão vida toda (RVT) nas aposentadorias. Os ministros do Supremo pendiam por uma vitória de aposentados e pensionistas. Isso poderia representar para o Planalto aperto de caixa para liquidar negociatas com Congresso.
Foi, então, quando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), entrou em campo para botar pressão. Para tal, portanto, o Governo pariu enorme mentira, a do impacto de R$ 480 bilhões para cima do Tesouro Nacional. Mas, na verdade, não chegaria a R$ 1,5 bilhão.
Os ministros do Supremo tremeram nas bases. E, em 21 de março, votaram contra os velhinhos. Ainda naquele clima, todavia, o ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT-RJ), revelou que o Planalto não tinha valor algum referencial para a RVT. Acrescentou que foi “chutômetro” o quase R$ 0,5 trilhão jogado no colo do STF. Relembre o caso AQUI.
Essa coisa de botar pressão em cima do STF está virando moda. O jornal “Estado de Minas” publicou, em abril, que o chefe da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Silas Malafaia, aderiu ao movimento. Malafaia é influenciador de enorme fatia de parlamentares evangélicos centristas no Congresso. É com eles que Lula negocia compensações em troca de apoio.
Malafaia não negou, em entrevista a uma youtuber, em fevereiro, ter organizado comícios do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ). Foram na Av. Paulista, no Centro de São Paulo, e na Av. Atlântica, em Copacabana, no Rio.
O pastor deu a entender que admitiu do risco de o STF mandar prendê-lo. Isso por suas ligações e ações estreitas com Bolsonaro.
“Se você botar o povo na rua, eles vão pensar umas três vezes [antes de prendê-lo]. E, se isso acontecer, o negócio vai ser feio”. A frase ameaçadora de Malafaia teria sido forma de botar pressão contra o Supremo. E, numa demonstração de força mobilizadora, se autodefiniu como líder religioso de mais de “35% do povo brasileiro”. Relembre a reportagem no EM.
Mas não é só o STF que vive esse clima. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) até elegeu o mês para botar pressão no Governo pela reforma agrária. O Movimento usa o “abril vermelho” para intensificar invasões e, portanto, emparedar o Planalto.
Os servidores do ensino de universidades e institutos federais completam, nesta quarta (15/05), 30 dias de greve. Eles botam pressão para emplacar agora reajustes salariais no triênio 2024-2026, de 22,71%.
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