Nas feiras da Agrishow, aglomeração de pessoas - média de 150 mil visitantes nos cinco dias -, sol forte, ruas com poeira e alguns stands climatizados - Foto: Divulgação/Página Agrishow
Agrishow 2020 – Feira Internacional de Tecnologia Agrícola, em Ribeirão Preto (SP), poderá receber cerca de 800 expositores, distribuídos por 520 mil m2. Essa a expectativa dos organizadores, que esperam atrair até 150.000 pessoas – incluindo visitantes de outros 90 países. Esse contingente dividirá, portanto, espaços em “ruas” congestionadas, poeira, restaurantes de mesas coletivas, sol forte e pavilhões e stands climatizados. Por vezes, dias com chuva.
Esse é um ambiente comum nas feiras anuais da Agrishow, que, neste ano, ocorrerá de 27 de abril a 1º de maio. É o maior evento da agricultura na América do Sul. Atrai marcas de equipamentos e máquinas e profissionais (como visitantes, representantes e expositores) de todos os continentes.
Nesta 27ª Edição, todavia, há preocupação com visitantes de países como a China, Coreia e Itália. No momento, esses países do topo das estatísticas para contaminados e mortes pelo novo coronavírus Covid-19. Mesmo sendo em espaço a céu aberto, a aglomeração de pessoas é impressionante. Principalmente no feriado do 1º de Maio, em função das muitas caravanas de escolares.
Além disso, a rede hoteleira de Ribeirão Preto costuma apresentar taxa de ocupação próxima dos 100%. As cidades vizinhas, num raio de até 100 km, também inflam com hóspedes que se deslocam diariamente até a feira. Ribeirão Preto tem população de 694.543 habitantes (IBGE/2018).
Mas, apesar da enorme preocupação com o coronavírus, na página web da Agrishow 2020 não há qualquer menção à epidemia do novo coronavírus. E isso a despeito de o Brasil ter entrado para o mapa da doença via São Paulo. Não há também qualquer indicativo de alteração da programação nem anúncio de medidas preventivas.
Até às 23h de ontem (27/02), pesquisa para palavra “coronavírus” na página oficial Agrishow 2020 não exibia resposta.
Esse aparente descaso, contudo, contrasta com a importância do pool de entidades que realiza a Agrishow: Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), Federação da Agricultura e da Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) e Sociedade Rural Brasileira (SRB).
A participação de indústrias da China e da Itália ocorre de duas formas. Além dos stands individuais, os Governos desses países coordenam missões de pequenas empresas. Estas são instaladas em pavilhões específicos. Em 2017, por exemplo, a Itália levou 15 expositores. A agência ICE – Instituto Italiano para o Comércio Exterior, do Governo italiano, coordena isso.
Em 2006, por sua vez, a China colocou 20 empresas no pavilhão, bem mais que as 12, na edição anterior. Neste ano, entre empresas instaladas em solo chinês e subsidiárias de outras, do Brasil, constam da “Lista de Expositores” da Agrishow: LiuGong Latin America (máquinas para construção, de Mogi Guaçu, SP), Hubei Xingfa Chemicals Group Co. Ltd (escritório – alimentos), 3Rtablet (tablets e outros hardaweres para veículos – da China) e Beijing Eastyida International Exhibition Co., Ltd (exibição de equipamentos – China).
De Taiwan (Formosa), muito próximo à China, virá o San Heh Pharmaceutical.
Da Itália, virá a Fad Assali, fabricante de eixos e suspensões para os mercados agrícola e industrial, ainda consta como expositora. Chama atenção o fato de estar instalada na Lombardia, ou seja, na região que é o principal foco do vírus Covid-19 em solo italiano e Europa. Também figura a ITA – Italian Trade Agency, que mistura funções com o ICE.
A LS Mtron do Brasil, de Garuva (SC), do Grupo LS Mtron, levará seus tratores para feira. Mais uma particularidade: o Grupo LS é da Coreia. Portanto, do país que é, no momento, o segundo maior foco do novo coronavírus no planeta. O grupo coreano é um dos lideres mundiais em tratores agrícolas.
Estarão na feira outras empresas do Brasil ligadas a grupos com manufatura na China e/ou relações comerciais intensas. E, então, poderão ter pessoas vindas de lá em seus stands. Entre estas figuram: Doga do Brasil (Pinhais), Gauss – Agrícola & Construções (Curitiba), JCB do Brasil (retroescavadeiras – Sorocaba, SP) e Hyva do Brasil Hidráulica (cilindros para basculamento – Caxias do Sul, RS).
O Grupo Hyva (Holanda) informou (com fotos), via subsidiária brasileira, que todas as suas fábricas “estão empenhadas em colaborar no combate ao coronavírus na China. A Hyva do Brasil se mobilizou e está enviando 3.000 máscaras à unidade chinesa, que fará o devido encaminhamento do material”.
Mas, até o presente, conforme portal da feira, marcas de peso entre montadoras de tratores, colheitadeiras e implementos agrícolas instaladas no Brasil comparecerão na Agrishow. Entre estas figuram: Agrale, Caterpillar, John Deere, JCB, Landini, Yanmar, Cummins, Valley, Jacto do Brasil, Nogueira, ZF do Brasil, Comil (silos), KUHN, Komatsu, Massey Ferguson e Valtra.
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