Economia

Alpargatas cobre prejuízo com as reservas

A Alpargatas, dona dos negócios da marca Havaianas e controlada das famílias Setúbal e Moreira Salles, parte para segunda tentativa de equilíbrio da companhia. As duas casas bilionárias que dividem o Itaú Unibanco, não estão satisfeitas com o prejuízo de R$ 1,867 bilhão, em 2023. O resultado transformou em pó o lucro do exercício fiscal anterior, de R$ 183 milhões.

Diante dos fatos contábeis desfavoráveis (as receitas líquidas encolheram 10,5%, para R$ 3,734 bilhões), os Setúbal e Moreira Salles farão movimento ioiô no capital da companhia. O capital integralizado atual é de R$ 3,967 bilhões (Balanço de 31/12/2023).

Num primeiro instante, o capital será elevado, mas sem mexer nas reservas nem emissão de novas ações. Conforme convocação de AGE e AGO para 26/04, a administração da Alpargatas propõe aumento via incorporação do saldo da “reserva de incentivos fiscais”, de R$ 1,718 bilhão. Assim o capital subirá dos R$ 3,998 para R$ 5,717.

No lance seguinte, os acionistas reduzirão o capital social, em duas etapas: uso das reservas lucros e, depois, abatido R$ 1,779 bilhão. No fechamento das contas, a Alpargatas terá capital social de R$ 3,938 bilhões.

A primeira tentativa das famílias de banqueiros foi recuperar os negócios sem manter a relevância de posts físicos nos segmentos de alimentos. Agora, tentarão imprimir novas práticas comerciais no exterior. Nesta fase, apostam alto na marca Havaianas. Alpargatas da J&F.

Nairo Alméri

Ver Comentários

  • Eu faço customizações em chinelos havaianas, mas acho que a qualidade nos últimos tempos pioraram. Correias, tamanhos diferentes na mesma numeração, a borracha no geral não está boa. Na cor preta é que mais notei essas piora.

  • Trabalhei por quase 10 anos na Alpargatas, sei do enorme potencial da marca, porém o causador desse prejuízo é muito claro para mim. Nos últimos anos, a empresa mudou o público alvo das havaianas, pois as sandálias existiam para atender a um público de todas as camadas sociais e infelizmente hoje elitizaram as sandálias mais famosas do Brasil, tornando inviável o consumo por parte das camadas menos favorecidas, público esse que sempre foi o público majoritário da marca.

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