Barrar a candidatura presidencial de Sérgio Moro (dir.) em 2022 interessa ao atual presidente, Jair Bolsonaro, candidato à reeleição. Fotos - Agência Brasil
O país tem encontro marcado com o algoz dos políticos pegos nas investigações de corrupção da Operação Lava Jato. O ex-juiz federal da TRF-4, em Curitiba (PR) e atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, colocará, na manhã desta sexta (24/04), nova rota para o Governo Bolsonaro. O ministro não concorda com desmantelamento do Departamento da Polícia Federal (DPF), que investiga filhos do presidente: vereador, deputado e senador.
Se avisar que deixa o Governo, dará ouvidos à parte da opinião pública que quer vê-lo em palanques de 2022. A exoneração do diretor-geral da PF, delegado Maurício Valeixo, feita por Bolsonaro, nesta madrugada, deixa o céu livre para o ministro voar ainda mais alto nas pesquisas. O capitão ficará um ponto no gráfico.
Mas, se disser o contrário, que continuará, em nome de uma provável nomeação para ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Moro vestirá a saia que Bolsonaro está passando em seu Ministério. Contudo, o ministro da Justiça sabe que esta é uma opção com 99,9% de risco, pois, o presidente é instável e não confiável.
Saindo, Moro terá apoio do médico Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde, também demitido por Bolsonaro. Mandetta voava nas nuvens, com o dobro de aprovação (quase 80%) da opinião pública sobre Bolsonaro nas ações de contenção da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Então, todos para a estação que o ‘trem das onze’, entrevista coletiva de Sérgio Moro, vai chegar na plataforma. O Ibovespa (principal indicador da Bolsa de Valores) e as casas de câmbio do dólar vão saber quem subirá, quem cairá.
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