O diplomata Renato Azevêdo fez nesta quinta (23/07) sua despedida como diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC). O brasileiro deveria ficar mais um ano, mas optou pela antecipação sob argumento que é para facilitar a transição. Azevêdo está no posto desde 2013.
Em tese, a OMC, com sede em Genebra (Suíça), funciona como um foro do comércio global. No discurso de hoje, o brasileiro deu ênfase ao esforço para resguardar regras do “multilateralismo comercial” (leia no link abaixo).
“…, em Nairóbi, em 2015, conseguimos colher alguns resultados multilaterais importantes. A eliminação dos subsídios à exportação agrícola e das distorções comerciais que eles criam era um objetivo de longa data para muitos membros. Expandimos o Contrato de Tecnologia da Informação, reduzindo e eliminando as tarifas de US $ 1,3 trilhão em produtos de nova geração de tecnologia.”
O diplomata Azevêdo anunciou a antecipação da saída em 25 de maio. Todavia, ele foi derrubado pela política intempestiva do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Este , por exemplo, costuma atingir no peito da China e causa incertezas nas relações comerciais e politicas do mundo.
O chefe da Casa Branca retirou seu país de acordos internacionais e até de organismos das Nações Unidas. Na ONU, sua última vítima foi a Organização Mundial da Saúde (OMS), no auge da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Trump exige “reformas” na OMC. Mas, deixou a entidade inoperante em área das mais delicadas: julgar queixas contra desrespeitos aos acordos comerciais. Ele vetou a nomeação de magistrados para o Órgão de Apelação, deixando, portanto, o Tribunal da entidade está no ponto zero.
O brasileiro marcou a saída para 31 de agosto. A OMC tem 164 países membros.
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