O ministro Alexandre de Moraes (STF) é o principal alvo de Eduardo Bolsonaro nas ações junto do Governo dos EUA - Crédito: Valter Campanato/Agência Brasil
Parece pouco incomodar uma possível escalada de parlamentares seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) no guichê das fugas do país. Eles reagem às prováveis ordens no funil dos processos dos quais o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Xandão, tratamento dado ao ministro nas redes sociais, é relator dos autos sobre a frustrada tentativa de golpe de Estado, há dois anos e meio.
Com Alexandre de Moraes está, pois, reside um leque de atos diretos e indiretos (anteriores e posteriores) do conjunto da chamada “trama golpista” bolsonarista, em dezembro de 2022. Mesmo com a sociedade se manifestando contra e frustrados os planos daquela intentona, em 08 de janeiro de 2023, eles promoveram invasões e atos de vandalismos na Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF). Não aceitaram os resultados das urnas, ou seja, da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP).
Militantes de Bolsonaro, no país e exterior, agem por anistias aos envolvidos. Neste sábado (26/07), por exemplo, por ordem de Xandão, o STF proibiu acampamento em Brasília.
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) puxou a fila. Em fevereiro, foi para os Estados Unidos. De lá, avisou que pretendia fixar residência. O parlamentar é acusado e investigado (a partir de 26 de maio) de atentados à democracia.
Dentre as acusações imputadas a Eduardo, está a de obstrução às investigações da Justiça sobre o plano de golpe de Estado. O pai dele, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), teria liderado o plano de ação.
A situação de Eduardo, entretanto, assumiu estágio crítico, pelo grau dos ataques e mais intensos, às instituições e autoridades brasileiras de Estado. A bandeira é a da antes da fuga: anistia para o pai e outros envolvidos.
Pesam mais, nestes dias, o fomento à postura do presidente dos EUA, Donald Trump (Republicano), como defensor de Bolsonaro. O republicano norte-americano diz que o ex-presidente brasileiro, seu admirador, é inocente.
Nas últimas semanas, o deputado atingiu a melhor performance no palanque com Trump. O chefe da Casa Branca, numa operação casada, poderá amenizar na âncora tarifaço de 50%, a partir de 1º de agosto, aos importados do Brasil. Viria, portanto, mediante relaxamento nas acusações contra Bolsonaro no STF.
A deputada Carla Zambelli (Republicanos-SP) deu no pé em maio. Está na Itália, onde tem a proteção da dupla cidadania.
A 1ª Turma determinou (14 de maio) 10 anos de prisão por “invasão” cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023. Alexandre de Moares foi o relator e quem ordenou a prisão. Mas ela fugiu assim que saiu a sentença.
Nesta semana, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) driblou medidas restritivas, impostas por Xandão. Fugiu.
O senador bolsonarista é investigado por suposta participação na anulação das eleições de 2022. Além disso, atos intimidatórios a investigadores do Departamento de Polícia Federal (DPF).
O próprio senador deu conhecimento (24/07), em nota, da quebra da ordem do STF. Avisou que estava nos EUA. Ontem (25/07), entretanto, negou ato de fuga e sustentou que se encontra em férias, em Orlando, na Flórida.
Marcos do Val deveria ter entregue todos os passaportes, mas não entregou o diplomático. Em reação, então, na sexta (25/07), o ministro determinou bloqueio de contas bancárias do senador: Pix e cartões.
Até aqui, os casos Zambelli e Marcos do Val apontam falhas na Polícia Federal. Essa instituição de Estado é ligada ao Ministério da Justiça, comandado por Ricardo Lewandowski. Mas, até aqui, ausência de manifestação contundente na área.
O ex-ministro STF foi para o atual Governo no lugar de Flávio Dino. Dino, praticamente em ato contínuo, ingressou na Suprema Corte com a saída (antecipou a aposentadoria) do sucessor na Justiça. Ou seja, uma ciranda em tabuleiro político.
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