Economia

Café caminha para balanço final dos estragos das geadas

Enfim, a cadeia do café começará a ter um retrato claro dos estragos causados pelas geadas de cafezais em Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Paraná. A partir desta segunda (15/11) até o dia 27, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab – Ministério da Agricultura) realiza levantamentos no setor para o 4º Boletim da Safra 2021. O diagnóstico apontará aspectos como área cultivada, safra (produção), produtividade (rentabilidade por hectare) e comercialização.

Mas um item gera enorme expectativa: “comportamento” da cadeia cafeeira para todas adversidades climáticas. Ou seja, os impactos desde a estiagem até as fortes geadas do inverno no Sudeste e Norte do Paraná. Pelo calendário das Conab, a publicação do levantamento será em 16 de dezembro.

Café do Cerrado

O 6º Encontro de Inovação e Tecnologia para Cafeicultura do Cerrado Mineiro, dia 25/11, em Patrocínio (MG), todavia, antecipará algumas informações. O programa do evento prevê palestras de aspectos amplos na cadeia. A Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Fundação de Desenvolvimento do Cerrado Mineiro (Fundaccer) e Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) promovem o encontro.

Queixas no meio caminho

Além de municiar o Ministério da Agricultura para planos de custeio, os relatórios da Conab darão clareza a tudo que foi apresentado (em seminários e pleitos da cafeicultura) sobre os danos nas lavouras de café em 2021. É relevante, portanto, principalmente para aquilo que ocorreu no Sul de Minas, região do país mais produz o café tipo arábica.

Geadas de julho queimaram as lavouras no Sul de Minas – Foto Reprodução/ Publicação Emater-MG

Mas não é apenas impactos das adversidades climáticas que incomodam aos cafeicultores nas relações com o Governo. O presidente da Fundação de Apoio à Tecnologia Cafeeira (Procafé), José Edgard Pinto Paiva, aponta, por exemplo, custos dos financiamentos. Reveja na entrevista concedida ao ALÉM DO FATO mês passado:

Conab impõe “apagão” no estoque de passagem do café

Conab tem preliminar com quebra de 25,7%

O 3º levantamento da Conab, divulgado em 21/09, sinalizava a produção próxima de 46,9 milhões de sacas (de 60 kg). Portanto, queda de 25,7% na comparação com 2020. Ano ímpar é o da bienalidade negativa, ou seja, de quebra na safra. Mas, em 2021, deve ser acrescido o fator geada. Relembre AQUI a nota da Conab para aquele boletim.

Nairo Alméri

Posts Relacionados

Lula soltou seus “aloprados”; Itaú BBA

Lula ainda estava fora do país. Levou a pesquisa de desaprovação da Quaest e as…

2 dias atrás

Samba do IOF doido

Depois de repetir mais uma etapa da missão internacional do Partido dos Trabalhadores (PT), de…

4 dias atrás

“Temos um problema em Minas”, diz Lula sobre Pacheco

Ante a indefinição e pouco desejo de seu pré-candidato a governador, o presidente Lula (PT)…

4 dias atrás

Menos arábica, mais conilon

Com geadas ainda pouco impactantes (na média histórica) em áreas cafeeiras, o café vai bombando…

5 dias atrás

Sabesp mantém meta dos R$ 260 bi

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) segue com plano de metas da…

1 semana atrás

Alinhamento de Lula tirou contrato da Embraer

A política do Governo Lula, marcada por instabilidade fiscal (destaque para novela do IOF e…

1 semana atrás

Thank you for trying AMP!

We have no ad to show to you!