A holding Companhia Energética de Minas Gerais S/A (Cemig) contratou os bancos Bradesco BBI e Santander (Brasil) para operação da emissão de R$ 1 bilhão em debêntures da controlada integral Cemig Distribuição S/A (Cemig D). Portanto, será a 8ª emissão de debêntures quirografárias da empresa, prevista para duas séries e encerramentos até 2029. Os recursos captados serão aplicados em “recomposição” de caixa e investimentos.
O Bradesco e Santander assinaram com a estatal do Governo de Minas contratos para “estruturação, coordenação e distribuição”, no valor de R$ 21,657 milhões. O contrato, válido por 60 dias, a contar do dia 1º/06, é com “regime de garantia firme de colocação”.
A “proposta” da colocação das debêntures recebeu, em 30/05, o Rating Nacional de Longo Prazo ‘AA+(bra)’ da agência Fitch Ratings Brasil Ltda. Dentro dela, todavia, estão ratings da controlada Cemig Geração e Transmissão (Cemig GT). “O Grupo Cemig é controlado no setor elétrico de forma consolidada e os ratings positivos consideram o risco de baixo e moderador de suas operações diversas brasileiras como a dos ativos”.
A Moody’s Local também atribuiu nota favorável ao grupo energético mineiro.
O rating consolidado da Fitch considerou o “FCF positivo”. Ou seja, os aumentos projetados no “fluxo de caixa livre” (ou EBITDA), de R$ 5,8 bilhões, em 2022, e, R$ 6,2 bilhões, no próximo exercício fiscal.
Agência avaliou, portanto, como sendo um “robusto EBITDA”. Naqueles FCFs, de acordo com a Fitch, a distribuição deverá participar com 50%. Geração e transmissão ficariam com 36%.
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Ainda quanto à classificação do rating, a agência esclareceu: “A Fitch classifica a Cemig e suas subsidiárias integrais Cemig D e Cemig Geração e Transmissão SA (Cemig GT) com os IDRs (Issuer Default Ratings – Ratings de Inadimplência do Emissor) de Longo Prazo em Moedas Estrangeira (ME) e Local (ML) ‘ BB’ e com o Rating Nacional de Longo Prazo ‘AA+(bra)’. A Perspectiva do IDR em ML e do Rating Nacional é Estável, enquanto a do IDR em ME é Negativa”.
Os papéis da distribuidora mineira, entretanto, não oferecem privilégios aos debenturistas. Ou seja, em caso de liquidação da companhia, investidores não gozam de garantias nem preferências. Situação, portanto, muito diferente de debêntures com garantias.
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