Equipamento agrícola da John Deere fabricado no Brasil - Foto: Divulgação/John Deere
Dona da marca John Deere e maior fabricante global de máquinas agrícolas, a Deere & Co anunciou lucro de US$ 517 milhões no primeiro trimestre do ano fiscal 2020, encerrado no último dia 2. Revelado nesta sexta (21/02), o desempenho foi 3,8% superior aos US$ 498 milhões em mesmo período de 2019.
A notícia, por consequência, turbinou as ações da Deere na Bolsa, com alta de 9,7% nas ações, no pregão da manhã, na Nyse. A matriz da empresa fica em Moline, Illinois,
O comportamento das ações da Deere, de acordo com o The New York Times, refletiu o resultado do trimestre e a previsão da companhia de provável “estabilização no setor agrícola dos EUA”. Chega, portanto, como consequência do provável fim de 24 meses de guerra comercial China-EUA.
“O sentimento dos agricultores começou a mostrar sinais precoces de estabilização durante o trimestre, à medida que a incerteza em torno do acesso ao mercado diminuía”. A declaração é do gerente de comunicações com investidores da Deere, Brent Norwood.
A China é importante comprador de grãos norte-americanos. A entre os dois mercados, portanto, baixou as margens dos agricultores. Por tabela, afetou diretamente o mercado de máquinas novas.
Na manhã deste sábado (22/02), a assessoria de imprensas da John Deere, no Brasil, fez contato com ALÉM DO FATO, para dizer que Deere & Co não fechou as fábricas na China. “Gostaríamos de pedir uma correção no título. A John Deere paralisou as fábricas e não as fechou”. O título original era: “Deere fechou oito fábricas e mantém alerta para setor agrícola“. Todavia, fato é que estão sem produção.
Mas, ao mesmo tempo, a Deere advertiu para perda de negócios no setor em função do novo coronavírus na China. A empresa paralisou a produção nas oito fábricas em território chinês. Isso, portanto, afetou a receita liquida global da marca, de US$ 7,63 bilhões, queda de 4% comparada com mesmo período de 2019.
O fechamento das fábricas na China terá reflexos nas unidades de manufatura da Deere, nos EUA, diante da redução no fluxo componentes produzidos naquele país. Assim sendo, a companhia antecipa que os efeitos econômicos causados pelo coronavírus serão percebidos no próximo relatório trimestral.
Morton Industries, também de Illinois, que fornece para Deere, Caterpillar e Komatsu, citada pelo jornal, informou que participa do processo de substituição de peças importações para os clientes. Porém, não é uma tarefa fácil, pois, os preços dos fabricantes internos “são mais altos”.
Mesmo assim, a Deere não retirou a previsão de atingir lucro de até US$ 3,1 bilhões.
A John Deere está no Brasil desde 1979. A partir daqui, de acordo com sua página web, cobre cerca de 50 mercados. Suas cinco fábricas estão localizadas em Horizontina (RS), Monte Negro (RS), Catalão (GO) e Indaiatuba (SP) e geram cerca de 4 mil empregos. Do Escritório Regional América Latina, em Indaiatuba (SP), a marca administra os negócios com máquinas e equipamentos para agricultura, construção e indústria florestal.
O “complexo de negócios” – Centro de Distribuições de Peças (CDP), o Centro de Treinamento e o Centro de Agricultura de Precisão e Inovação – da John Deere fica próximo ao escritório e do aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). A empresa opera o Banco John Deere.
No começo de janeiro, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) previu que a produção dessas máquinas, em 2020, deverá atingir 56 mil unidades. O patamar ficaria, assim, 5,4% acima de 2019. No ano passado, foram montadas 53,1 mil unidades, ou seja, queda de 19,1% sobre 2018.
Dentro de pouco mais 60 dias, o Brasil conhecerá a extensão da advertência da Deere & Co. Pois, de 27 de abril a 1º de maio, será realizada a Agrishow 2020 – Ferira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, em Ribeirão Preto (SP), maior feira do setor na América do Sul. Anualmente, comparecem os principais fabricantes nacionais de máquinas e implementos agrícolas.
Invariavelmente, as mais importantes montadoras comparecem. E também os maiores compradores, ou seja, os produtores.
A Agrishow fará a 26ª Edição. É sempre o termômetro dos resultados agrícolas e das expectativas do setor de grãos e compras de novas máquinas. No ano passado, os negócios na Agrishow, de acordo com os organizadores, chegaram a R$ 2,9 bilhões, alta de 6,4% sobre 2018.
A feira teria recebido, em cinco dias, 150 mil pessoas (incluindo os expositores e prestadores de serviços). Participaram cerca de 800 expositores. Entre expositores e compradores de fora, estiveram representados 83 países, incluindo, evidentemente, a China.
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