A maior compra brasileira de equipamentos de guerra, os 36 caças Gripen, foi agendada pelo presidente Lula (PT), no 2º mandato (2006-2010). Mas consumada pela sucessora, Dilma Roussef (PT), em outubro de 2014. Não atendeu, todavia, ao desejo do padrinho, de comprar os Rafale, da França. A Saab, da Suécia, levou.
O negócio, de toda forma, deu vitória à indústria da União Europeia (UE). Derrotou, portanto, a dos Estados Unidos, tradicional fornecedora das Forças Armadas do Brasil. E, com atrasos no cronograma, os caças suecos chegam prontos (em navios). Também entraram em linha de montagem na Embraer, por conta de um contrato de “transferência de tecnologia”.
Lula retorna, em 2023, à Presidência da República. Desta vez, sua fervorosa simpatia ao ditador da Rússia, Vladimir Putin, respinga problemas nos caças da Suécia. O principal estrago previsível será nas pretensões do Brasil, parceiro no projeto, de abrir mercados para o Gripen.
Lula, em viagem à China, no início deste mandato, defendeu a invasão da Ucrânia pela Rússia. Mas não foi só isso. Contrariando a ótica do mundo democrático e livre, culpou o ocidente pela guerra privada do russo. Trombou, portanto, contra toda Europa livre e os Estados Unidos. Depois tentou consertar. A incurso desastrada na guerra gera dividendos negativos até hoje à diplomacia brasileira.
A família dos caças Gripen, no ambiente da nova realidade política e das opções por tecnologias superiores, deixou de ser prioridade para Europa. Então, é visto probabilidade de virar armamento apenas para o Brasil, além de algum outro mercado emergente na rabeira da fila.
O imbróglio com o Gripen, tanto pela ameaça que a Rússia representa quanto pela trapalhada de Lula, mereceu análise crítica ampla em site especializado. Tratou, inclusive, sobre a necessidade de um plano B pela Força Aérea Brasileira (FAB).
O negócio com a Saab teve uma incursão pelos processos da Operação Lava Jato.
Depois do Gripen, surgiu, semana passada, o impasse com um dos dois Centauro II-BR 8×8 fabricados pelo consórcio Iveco-OTO Melara (CIO). Está retido pelas autoridades da Alemanha. Isso frustrou, então, o embarque no porto de Hamburgo rumo ao Brasil.
O Exército pagou € 900 milhões por dois equipamentos, montados na Iveco Defense Vehicles(IDV), em Bolzano, no Norte da Itália. Eles servirão para os testes que definirão a fase final do contrato do Exército para compra de 96 unidades.
O Governo de Berlin alega que o despachante, na Itália, deixou de solicitar autorização para o tráfego do equipamento em território alemão. Nesta quarta (26/06), completa uma semana de atraso no embarque do tanque.
Em dezembro e 2022, o Exército foi impedido de assinar o contrato do Centauro II. A Justiça Federal acolheu ação popular e transferiu a assinatura do Governo Bolsonaro para o Governo Lula.
O episódio com o blindado, todavia, não é fato isolado. No ano passado, por exemplo, após Lula se posicionar contra o envio de armas do Ocidente à Ucrânia, o Governo da Alemanha proibiu a IDV de vender 28 tanques Guarani para as Filipinas. O Guarani é fabricado em Sete Lagoas (MG).
O tempo deve continuar fechado para o Brasil em parte da Europa. Os recentes resultados das eleições para o Parlamento Europeu, com avanço de setores conservadores, criam expectativas de reação mais dura para um Lula ainda ferrenhamente pró-Putin.
O presidente Emmanuel Macron, maior derrotado, dissolveu o Parlamento e convocou eleições antecipadas na França. Uma eventual derrota de Macron pode virar um torpedo no programa brasileiro dos submarinos a propulsão nuclear, o Prosub. A parte principal da tecnologia é desenvolvida naquele país. O Prosub envolve, além das compras, pelo Brasil (unidades CKD – desmontadas) e “transferência de tecnologia”.
Aeronáutica licitou ontem (25/06) várias compras internacionais de itens de manutenção para equipamentos que opera. O Comando-Geral do Centro de Apoio Logístico, da Aeronáutica, via Brazilian Aeronautical Commission (CBAW), em Washinton (EUA), fará, portanto, aquisições para os aviões da FAB modelos: C-105, P-3, KC-30 e C/VC-99. As propostas serão abertas dia 16 de julho.
Por sua vez, a Diretoria de Abastecimento da Marinha, via Comissão Naval Brasileira na Europa, situada em Londres (Inglaterra), adquiriu, no começo deste mês, sobressalentes para o submarino Riachuelo.
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