Economia

Exército contratará UTIs aéreas para o Sul. Covid?

O país registrava, há um mês, 239.000 mortes de cidadãos pela Covid-19. Ontem (16/03), de acordo com dados do consórcio de veículos de comunicação, superavam 282.400. Em meio a essa nova aceleração da pandemia, chamou atenção, na segunda (15/03), uma abertura de edital (Pregão Eletrônico Nº 3/2021 – UASG 160392) de compras do Comando do Exército (Ministério da Defesa). Está relacionada à infraestrutura para atender situações de emergências na gestão da saúde.

A chamada é para “contratação de serviços de evacuação médica UTI aérea inter-hospitalar, em aeronave de asa fixa pressurizada e asa rotativa, para atender o Comando da 3ª Região Militar”. Portanto, helicóptero e avião.

Mas, cabe perguntar:

  • Comando do Exército estaria agindo de forma preventiva com foco na Covid-19?
  • Teria, então, informações que, ainda, não seriam de domínio público?

Covid-19 acelerou na região

Na Região Sul, área de abrangência 3ª Região Militar do Exército, estão os Estados do Paraná, Santa Catarina e o Rio Grande do Sul. Respectivamente, no momento, ocupam 3º (acima de 769.000), 4º (754.000) e 6º (740.000) lugares nas infecções pela Covid-19.

Os governadores dos três Estados administram com os sistemas da saúde pública e privada em situação de real colapso. Ou seja, não há mais oferta de leitos em UTIs hospitalares.

Até ontem, eram mais de 11,600 milhões infectados no país. Em óbitos, respectivamente, o RS (mais de 16.000), PR (14.000) e SC (9.000) estavam nas 4ª, 5ª e 12ª posições.

Exército dá tratamento genérico

Há oito semanas consecutivas, a contagem denominada “média móvel” de mortes segue a cima de 1 mil registros.

Os serviços que o Exército contratará serão para remoções. Foram assim especificadas: “(de) paciente enfermo de qualquer idade, incluindo atendimento neonatal”. No caso do avião, precisa ser aeronave “pressurizada”. As propostas serão abertas dia 25. O edital, porém, não estabelece qualquer relação direta com a pandemia da Covida-19.

Mas não há, por enquanto, informações, no Governo Bolsonaro, de que medida semelhante será adotada por outros comandos do Exército.

Para Amazônia, todavia, as diretrizes serão mantidas de forma flexível e máxima prioridade. Portanto, as medidas seguem no topo das decisões emergenciais de combate à Covid-19.

Aeronáutica compra medalhas

O ministro da Economia, Paulo Guedes, que busca, nestes tempos bicudos, centavos para fechar contas do Governo. Ficará, então, fora do sério, ao saber que gastos federai ignoram a situação. O Comando da Aeronáutica, por exemplo, abriu registro de preços para “aquisição de medalhas”. O vencedor será escolhido também no próximo dia 25/03.

Os assessores do ministro Guedes costumam dizer que ele está “rodando 24 horas” todas as combinações possíveis das receitas futuras. Tanto esforço, explicam, é para fazer o “milagre do teto dos gastos” da União.

Primeiro voo no Brasil de um caça Gripen, adquirido na Suécia. Decolou do Aeroporto Internacional de Navegantes (SC) para Gavião Peixoto (SP), onde há uma unidade da Embraer – Foto Sgt Bianca/FAB

Pilotos para os caças Gripen

Desde o final de janeiro, quatro oficiais-pilotos do 1º Grupo de Defesa Aérea (1º GDA), da Força Aérea Brasileira (FAB), estão na Suécia. Seguiram para a “formação operacional” na Saab, fornecedora dos caças Gripen. O Brasil comprou 36 desses aviões. Ao longo do ano, serão treinados dez pilotos.

No segundo semestre de 2020, o Brasil recebeu um modelo do Gripen, para demonstração pela FAB. Em outubro deve chegar outra unidade.

A modelagem da licitação internacional para compra dos caças teve início no 2º Governo Lula. Mas, concluída no Governo Dilma, em outubro de 2014. A demora, por consequência, pesou muito. O negócio ficará US$ 1 bilhão mais caro. Passou, portanto, para US$ 5,4 bilhões – LEIA MAIS AQUI sobre a compra dos caças.

Nairo Alméri

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