Economia

IBGE e o “dia D, na hora H”, do medo na Amazônia

A dez dias do início (01/08) do Censo Demográfico 2022, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) encara dúvidas. Além da questão da verba, por exemplo, a segurança efetiva do pessoal na Amazônia Legal. No final do mês passado, então, o Instituto solicitou ao Departamento da Polícia Federal (DPF – Ministério da Justiça) que dê proteção para os recenseadores.

Nesta sexta (22/07), a estimativa da população, na contagem em tempo real do IBGE, apontava que tinha, às 10h30, 214.881.163 habitantes.

O início do desafio do IBGE, na Amazônia, reencarna, portanto, uma frase do general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde. Atolado em erros, falta de previsões e entraves do próprio ministério no combate à Covid-19, cunhou: “A vacinação começa no D e na hora H”.

Anuário da violência na Amazônia dá motivos ao IBGE

Os resultados do anuário de Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, para o triênio 2019-2021, divulgados há menos de um mês, corroboram, pois, a preocupação do IBGE. Aponta o risco previsível do ingresso na região amazônica para buscar informações da realidade econômica e social dos povos.

Matérias Relacionadas:

Xico Mendes, massacre de Eldorado dos Carajás, …

O IBGE, claro, sem oficializar, leva em conta a postura do Governo Bolsonaro. Na prática, referendou a Amazônia como de terra de ninguém, sem lei.

Reportagem da CNN Brasil mostrou que a situação se agrava desde a morte do seringueiro Chico Mendes, em 1988, em Xapuri (AC). Ou seja, do Governo Sarney para cá, a postura de todos os presidentes da República é a mesma para a Amazônia.

Nessa enciclopédia do abandono do Governo e a violência em série na Amazônia, está, por exemplo, o massacre em Eldorado dos Carajás (PA). Em abril 1996, o confronto com a Polícia Militar do Pará resultou na morte de 21 trabalhadores rurais.

… indigenista e jornalista britânico

Entre crimes recentes, o duplo homicídio, no Vale do Javari, no Amazonas, do indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips. No entanto, presidente Bolsonaro chegou a menosprezar os crimes numa referência ao jornalista.

No senado, todavia, representantes dos indigenistas refutaram a tese do Governo de que as mortes foram “fato isolado”.

As investigações da PF, entretanto, ainda estão em curso. Para amanhã (23/07), está prevista a transferência de dois suspeitos para Manaus (AM).

Matérias Relacionadas:

Nairo Alméri

Posts Relacionados

Tramonte racha a direita e a iguala à esquerda em BH

O anúncio do deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos) de que está pré-candidato a prefeito de…

4 horas atrás

Imprensa viu o tributo de Lula ao amigo. E só

A viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP), na última sexta (26/04), até…

19 horas atrás

AGU tenta em vão melar o acordo da dívida de Minas

Órgão do governo federal, a Advocacia-Geral da União foi e é contra a prorrogação dos…

4 dias atrás

Pacote do Pacheco é inconsistente; calote

A alternativa do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para aliviar a dívida pública de Minas Gerais…

5 dias atrás

Fundação Renova passa por transição e muda comando em maio

A partir de 2 de maio, Camilo de Lelis Farace assume a presidência da Fundação…

6 dias atrás

Secretário da Fazenda é acusado de agredir a segurança jurídica

Diante da crise pela qual passa a Secretaria da Fazenda de Minas, a Febrafite manifestou…

6 dias atrás

Thank you for trying AMP!

We have no ad to show to you!