Itaú gasta equivalente a 33% do lucro no 3T19 com o PDV

O Itaú Unibanco Holding comunicou, ontem (04/11), ao mercado que fará desembolso de R$ 2,4 bilhões para cobrir o desligamento de 3.500 funcionários. Essas dispensas representam o total da adesão ao Programa de Desligamento Voluntário (PDV) aberto pelo banco.

A despesa com as demissões consumirão equivalente a 33,4% do lucro liquido apurado pelo banco no último trimestre (ver abaixo)

Na avaliação do Itaú, o atual PDV foi uma forma de “dar a oportunidade de uma transição de carreira segura e voluntária para quem tinha o interesse em deixar o banco, beneficiando colaboradores que se enquadraram em alguns pré-requisitos estabelecidos e adequar nossas estruturas à realidade do mercado”.

O Itaú, entretanto, não omite que as dispensas têm a ver também com o grau de automatização digital da instituição. “Reiteramos que o PDV, em função dos nossos investimentos em tecnologia, não afetará a qualidade e a disponibilidade de nossos serviços aos clientes”, conclui o comunicado, assinado pelo diretor-executivo de Finanças e Relações com Investidores, Alexsandro Broedel.

Na semana passada, o Itaú anunciou a compra, por R$ 575 milhões, da startup Zup, provedora de soluções em sistemas digitais para corporações. Entre os clientes da empresa incorporada estão Santander, Banco Original, MasterCard, Serasa Experian e Vivo.

Itaú lucrou R$ 7,156 bilhões

No final de setembro, o Itaú apresentou ativos em R$ 1,613 trilhão. O patrimônio liquido atingiu R$ 143,8 bilhões, pelo padrão contábil internacional (IFRS). Do valor do patrimônio líquido, R$ 129,3 bilhões correspondiam aos acionistas controladores e o restante aos não controladores.

No acumulado de 2019, até 30 de setembro, o banco registrou lucro líquido de R$ 21,067 bilhões, para o total de R$ 87,957 bilhões em operações (produto bancário). Apenas no terceiro trimestre, para R$ 30,257 bilhões em operações, o banco lucrou de R$ 7,156 bilhões.

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