Fator cresce no capital da Mangels, maior fabricante de rodas leves automotivas do país - Foto: Divulgação/Mangels Redes Sociais
A Mangels Industrial S.A., maior fabricante do país de rodas leves automotivas e de vasilhames para GLP, mudará, neste mês, a sede para filial de Três Corações, no Sul de Minas. A decisão veio, portanto, a reboque do longo processo de crise, que exigiu venda de ativos e fechamento (2013) da própria matriz, em São Bernardo do Campo (SP). Mas isso não foi suficiente. Então, a companhia entrou em recuperação judicial – solicitada em 2013; aprovada em 2014; e, encerrada em 2017.
As dívidas, na aprovação da recuperação, somavam R$ 463 milhões. A Mangels recorreu à Justiça como proteção contra prováveis pedidos de falência. Mesmo assim, 15% (R$ 154,316 milhões) dos credores – Bancos do Brasil, Safra, Banco Itaú Unibanco, Caixa Econômica Federal e Votorantim – votaram contra o PJR.
No dia 17/01, acionistas da Mangels farão AGE, para referendar a nova sede. A companhia tem ações listadas na B3 (Brasil, Bolsa, Balcão). Portanto, é empresa de capital aberto.
A convocação da AGE é assinada pelo herdeiro e presidente do Conselho de Administração, Robert Max Mangels. Ele representa terceira geração de um dos fundadores (Max Mangels Junior e Heinrich Kreutzberg) da Mangels. Criada, em 1928, no bairro da Moca, São Paulo, como fábrica de baldes galvanizados. Mas, desde 1968, mantém sede está em São Bernardo.
A empresa ingressou no nicho de rodas automotivas em 1958. Há lidera no segmento de veículos leves. Em suas linhas de ponta estão também vasilhames para envase de GLP (líder nacional), reservatórios em aço de ar e eixo traseiro.
Mangels é fornecedora, ainda, de partes e conjuntos para montadoras de motos, ônibus e caminhões e indústria de eletrodomésticos. A chegada a Minas (1975) se deu pela política de renúncia fiscal (diferimentos). Minas dava até dez anos de isenção no Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviço (ICMS).
Ainda na Moca, conforme relata em sua página eletrônica, a Mangels foi pioneira (1938) no país na fabricação de botijão para gás GLP – popular gás de cozinha.
Os reservatórios de ar (em aço) atendem aos sistemas de compressores para freios de ônibus, caminhões e máquinas agrícolas. Mas, servem também às áreas industriais. Ainda no setor automotivo, entrega eixo traseiro para veículos leves.
Desde 2008, na Zona Franca de Manaus, a Mangels mantém um Centro de Serviços de Aço (CSA), com capacidade para processar 25 mil toneladas/ano de aços planos. Produz rolos, blanks e chapas de aço para motocicletas, eletrodomésticos e acessórios e componentes para ferragens.
Na carteira, a Mangels figuram Audi, Chery, Citroën, Fiat, Ford, GM, Geely, Honda, Hyndai, Jeep, Lifan, Mitsubish, Mercedes-Benz, Nissan, Peugeot, Renault, Suzuki, Toyota, Volkswagen, Ultragaz, Liquigás, Copagaz, Supergasbras, Consigaz, Fogas, Nacional Gás, Airzap, Iveco e MAN.
Em 30 de setembro, a Mangels apresentou à Bolsa o seguinte resultado acumulado:
A despeito da Recuperação Judicial, a metalúrgica iniciou processo de investimentos de R$ 45 milhões. Priorizou a modernização e melhoria do perfil da dívida. Contudo, a mexida mais significativa foi a redução de 52 para 25 (mais de 50%) no quadro de executivos. A medida, relatou (2017) o então diretor de Finanças, Administração e Relações com Investidores, Fábio Mazzini, possibilitou economia anual de R$ 9,5 milhões.
Em 2018, Mazzini assumiu posto de diretor-geral da Mangels Industrial S/A.
As ações do capital da empresa com direito a voto estão 99,92% com a Mangels S.A. (não possui ações preferenciais) e, com outros, 0,08%. Mas, pela média, com ações preferenciais, o controle do capital total está assim: Robert Max Mangels (15,15%), Caixa (8,29%), José Antônio Botoluzzo Neto (6,92%), Antônio Farina (4,32%), André Ricardo Beim (5,01%), Mangels S.A. (35,72%) e outros (24,49%).
Em 31 de dezembro de 2018, a companhia contabilizou prejuízos acumulados de R$ 545 milhões (R$ 499 milhões, 2017). O capital social era de R$ 171 milhões (R$ 171 milhões, 2017).
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