Zema não pode entregar a Sala Minas Gerais para Flávio Roscoe (Fiemg) gerir e realizar eventos diversos. Imagem ilustrativa do Interior da Sala. Crédito: André Fossati/Site Filarmônica/Sala Minas/Gov MG
O “acordo” entre a Codemig (Governo de MG) e Sesi MG (Sistema Fiemg), que transferia a gestão da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais e do complexo Sala Minas Gerais, durou apenas dez dias. A desistência foi anunciada nesta terça (16/04), de forma unilateral, pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe.
A postura de Roscoe resultou das críticas intensas de entidades culturais, em todo o país, contra a decisão do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).
O “Acordo de Cooperação Técnica para Gestão Compartilhada da Sala Minas Gerais e Mineiraria”, assinado em 05/04, dava ao Sesi MG poderes gerais por quatro anos. Ou seja, ultrapassaria a administração Zema.
Roscoe anunciou a desistência pela manhã. Por coincidência, a Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) tinha audiência pública agendada pela tarde. Os representantes da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig, proprietária da sala) foram convocados a explicar a operação.
O governador Zema foi amplamente criticado. A principal acusação a de promover o desmonte em uma das referências da área cultural na estrutura do Estado.
O presidente do Sistema Fiemg também provocou divergências, principalmente nas falas em defesa do acordo Codemig-Sesi. Ele apontou, por exemplo, subutilização da Sala e ócio na programação da Filarmônica. Entretanto, dados oficiais do próprio Governo de MG apontam em outra direção (reveja no link abaixo).
O presidente da Fiemg, porém, continuou atirando. Ele apontou, desta vez, que houve “repercussão repleta de inverdades“.
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