A SuperVia, concessionária de trens urbanos na Região Metropolitana do Rio não suportou o peso da dívida de R$ 1,215 bilhão e, portanto, ajuizou processo de recuperação judicial. Controlada indiretamente pelo Grupo Mitsui, do Japão, a SuperVia transportava diariamente, antes da Covid-19, ao redor de 600 mil pessoas. Mas, a demanda caiu para 50% com os efeitos da recessão econômica global provocada pela pandemia.
A recuperação judicial da SuperVia Concessionária de Transporte Ferroviário S/A depende, porém, da análise da 2ª Vara Empresarial do Rio. Mas, pelo porte e relevância da companhia no sistema de mobilidade do Rio, a aprovação é tida como certa. O comunicado do pedido da ferrovia foi feito nesta segunda (07/06) o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ).
O principal credor da concessionária é o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O banco federal tem a receber fatia de 70% (R$ 840 milhões). A parte da concessionária de eletricidade Light, em segundo, é 13% (R$ 155,9 milhões) naquela conta. O BNDES administra recursos federais para infraestrutura ferroviária, com origem, inclusive, nos recolhimentos do FGTS.
Ao fechar o balanço patrimonial de 2020, a empresa lançou R$ 386 milhões em prejuízos acumulados.
Em 2020, as receitas da SuperVia tiveram queda nominal de 31,8% comparadas com 2019, para R$ 501 milhões. Isso, portanto, impulsou o prejuízo líquido em 260,9%, indo parar em R$ 110,7 milhões.
O capital social integralizado da ferrovia, todavia, não foi alterado pelos acionistas. Permaneceu nos R$ 1,186 bilhão. Entretanto, o patrimônio líquido, após a dedução dos prejuízos acumulados, encolheu 22,2%, para R$ 799 milhões.
Dentro do controla da SuperVia, a trading Mitsui, principal acionista, é representada pela GUMI – Guarana Urban Mobility Incorporated.
A malha da concessão da SuperVia é de 270 km e percorre 12 municípios. Nesse complexo estão instaladas 104 estações de passageiros. A concessão vai até 2048.
O diretor-presidente da SuperVia, Antonio Carlos Sanches, em nota aos funcionários, debitou na pandemia do novo coronavírus (Covid-19) a causa da crise. Tratou das proteções judiciais que a medida traz.
“No nosso caso, a pandemia provocou uma crise financeira sem precedentes, uma vez que, atualmente, transportamos a metade do número de passageiros que antes da crise”, pontuou Sanches. E deixou claro, todavia, que a primeira fase da recuperação depende de aprovação dos credores. “A partir de agora, vamos iniciar um novo ciclo de negociação junto aos credores e ao Poder Concedente, a fim de superar a atual crise financeira”.
A SuperVia opera uma frota de 201 trens, com 75% considerados “novos”. De acordo com dados da sua página web, em 2018 transportou 165 milhões de passageiros.
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