Novamente sem relevar com quem, a Taurus Armas S.A. fez, nesta terça (29/09), comunicado sobre negociação com indústria automotiva. No foco, a fabricação de acessórios metálicos para armas leves. Desta vez, a fabricante de revólveres, todavia, dá ênfase à assinatura de “adendo” ao Memorando de Entendimento (MoU) para mais dez dias de negociações.
Esse, portanto, o novo prazo para Taurus concluir o “acordo definitivo para constituição da joint venture no Brasil”.
Em maio, a Taurus também não revelou com quem negociava. Seguiu em mesma linha. Disse apenas que negocia com “uma importante empresa brasileira do ramo automotivo”. Além disso, que pretende vender os acessórios nos mercados doméstico e internacional.
Taurus tem ações do capital listadas na B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), é, portanto, companhia aberta.
De empresa brasileira (de capital nacional) do segmento automotivo e “importante” existe a Agrale S/A, de Caxias do Sul (RS). É montadora do utilitário Marruá. O jipe é vendido nas versões militar, segurança, saúde e civil.
O Ministério da Defesa é cliente da Agrale. Mas, o destaque é a Marinha, via Corpo dos Fuzileiros Navais. Exército e Aeronáutica possuem o equipamento.
Agrale monta também tratores, micro-ônibus, ônibus, caminhões, motores e chassi.
“As negociações estão muito adiantadas, faltando apenas detalhes técnicos para finalização do acordo, que acreditamos que acontecerá nos próximos dias”, diz o comunicado de hoje.
A Taurus fechou o balanço semestral com R$ 722,1 milhões de receitas. Portanto, 48,8% acima do resultado do 1S19. Todavia, contabilizou prejuízo líquido de R$ 118,7 milhões, contra lucro de R$ 47,5 milhões no 1S19. Isso, então, elevou o patrimônio líquido negativo para R$ 367,9 milhões., aumento de 20,7%.
Fim do prazo
As partes tinham até amanhã (30/09) para a conclusão dos estudos de viabilidade e plano de negócio. Assim sendo, a dilatação do prazo veio no limite de declaração de fracasso.
Negociou na Índia
Esta não é a primeira joint venture da Taurus. Em janeiro, concluiu acordo com o Jindal Group, da Índia. Portanto, coincidiu com a presença do presidente Jair Bolsonaro no país asiático.
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