A auditoria contratada à Cleary Gottlieb Steen & Hamilton LLP, de Nova York (EUA) para abrir a “caixa-preta” no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) sinaliza outra provável “caixa-preta”. Ao longo da semana, o jornal paulista “Estadão” deixou claro que o contrato trouxe mais problemas. Mas, a cortina se abriu no outro lado Atlântico, no Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), encerrado nesta sexta (24/01).
Os novos elementos extrapolam os protestos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em janeiro. A Ordem foi se posicionou contrária à colocação de uma advocacia multinacional nas entranhas do banco. E superam, ainda, a gritaria geral em cima do valor inicial: US$ 14 milhões.
Agora, o abre-alas do imbróglio é o contrato aditivo de 25%, mais US$ 3,5 milhões, assinado em outubro. Esse ato ocorreu a dois meses do término do contrato. Assim, a conta pró-Cleary disparou para US$ 17,5 milhões.
Diante dos protestos, o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, lá da Suíça, disse que, ao assumir, em julho, 90% da auditoria estavam concluídos. Mesmo assim, o banco firmou o aditivo. Justificativa: necessidade de concluir investigação em contratos do Grupo J&F, pertencente aos irmãos e empresários Wesley e Joesley Batista. Porém, observa o jornal paulista, a auditoria não teria encontrado “indícios de corrupção”, ao menos, em oito contratos do J&F.
Montezano acusa o antecessor, Paulo Rabello de Castro, pelo valor elevado pago à Cleary. Rabello de Castro, de sua parte, se diz indignado. Afirma que Montezano assinou um contrato com valor “quatro a cinco vezes maior” ao aprovado por sua gestão. Os dois, portanto, justificam outra investigação.
Há, todavia, que se considerar um componente político dourando o aditivo. Joesley, é bom lembrar, gravou conversa com o então presidente Michel Temer. Foi quando ambos, supostamente, discutiam pagamentos ilícitos a políticos ligados ao Governo. Isso dentro do Palácio Jaburu (residência oficial),em março de 2017.
É esperado, então, que na próxima semana, Montezano e Rabello de Castro falem mais. Principalmente com a entrada, hoje (24/01), do Ministério Publico do Tribunal de Contas da União (TCU) nessa trapalhada. BNDES tem 20 dias para se explicar.
Entre os contratos alvos da auditoria da Cleary estrariam também financiamentos a empresários e/ou empresas nas compras de jatos executivos da Embraer. Alguns técnicos do BNDES chamavam a linha de “pasta voadora”. Um paralelo com a “pasta cor-de-rosa” encontrada por interventores do Banco Central em cofre do extinto Banco Econômico. Ela continha anotações das doações do banco nas eleições de 1990. Entre tantos políticos favorecidos, o então senador José Serra (PSDB-SP).
O financiamento dos jatinhos no BNDES era via linha de crédito do Programa de Sustentação do Investimento (PSI). Criado em 2009, no Governo Lula, o PSI, naquelas operações, cobrava juros abaixo da Selic – de 2,5% ao ano a 8,7% ao ano. Por isso, de cara, foi chamado de “bolsa-empresário”. A operação pode até ter parecido um deboche, diante da falta de dinheiro barato para o país solucionar atendimento básico à população. Mas, não foi ilegal.
Na tal “pasta-voadora”, figuram alguns empresários opositores ao Governo Bolsonaro. Entre estes, o apresentador Luciano Huck, do programa “Caldeirão do Huck”, da TV Globo. Outra personalidade pública, o empresário de comunicação e governador de São Paulo, João Dória Júnior (PSDB). Huck e Dória foram à Davos. Outro, também muito popular, nessa galeria é o Grupo JBS/J&F, dos irmãos e empresários Wesley e Joesley.
A frota de jatinhos financiada pelo BNDES, a juros módicos, em tempos de inflação alta, superaria 130 unidades.
O Econômico foi liquidado. Os políticos, entretanto, seguiram adiante. Serra, por exemplo, foi ministro (Planejamento e Saúde), prefeito de São Paulo e governador, disputou a Presidência da República, em 2010, e ministro novamente (Relações Exteriores).
A intervenção no Econômico foi em agosto de 1995. Quatro meses depois, ocorreu o vazamento das doações. A revelação foi atribuída às diferenças entre grupos políticos rivais liderados por Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) e caciques do PSDB paulista, incluindo Fernando Henrique e Serra.
O Econômico, do ex-ministro Ângelo Calmos de Sá, da Bahia, teria bancado US$ 2,5 milhões para 25 políticos. A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), na contabilidade do setor, apadrinhando outros 24.
Na época, a Justiça Eleitoral proibia doações em dinheiro. Portanto, os repasses foram caracterizados como ilícitos, “caixa 2”.
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FIBRA DE HERÓI...DE GENTE BRAVA- Teófilo de Barros Filho- espírito
O grande jornalista e escritor Teófilo Barros ( autor de "Fibra de Herói") nos enviou mensagem psicofônica, onde mostra a verdadeira face desses vendilhões, mercenários! São podres esses do Interce-PT! Basta procurar no google "Liberdade? Qual Liberdade?- Teófilo de Barros Filho- Arael Magnus. Vale a pena saber! https://araelmagnus-intermdium.blogspot.com/2020/01/liberdade-qual-liberdade.html
Espírito de porco? "Psicofonica", poupe os leitores dessas sandices.
Bolsonaro pode passar para a história como o primeiro chefe de estado a esclarecer todas as falcatruas que desde sempre ficam debaixo do tapete. DPVAT e BNDS são dois bons cases.
Jbs fez operações internas, ainda assim o parecer não é conclusivo, afirmativo.
A questão maior é a Odebrecht e os contratos com as repúblicas socialistas, estes tem que colocar lupa grande, aí tem.