A caminho do terceiro trimestre de inatividade, segue o mistério do retorno à produção do Alto-Forno Nº 3 da Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (Usiminas), em Ipatinga. “Está em teste”. Essa informação, não oficial, mas digna de fé, é de um diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Ipatinga (Sindipa), na manhã de ontem (27/11).
De oficial, prevalece a previsão que nas informações financeiras do 3T23 entregues no final de outubro à Bolsa de Valores B3: “por estes dias”. O AF-3 está inativo para reforma desde abril, ao custo de R$ 2 bilhões.
ALÉM DO FATO solicitou, na manhã (10h52) e na tarde (14h29) desta terça (28/11), informação à siderúrgica sobre o retorno do AF-3. Entre as questões, por exemplo, da nova capacidade nominal de produção de ferro-gusa. Além disso, se a volta do equipamento à operação implicará em novas contratações na área de produção da usina.
A companhia, entretanto, até esta postagem, não respondeu ao e-mail. O texto será atualizado se a companhia enviar informações.
Às 12h08 desta quarta (29/11), a Diretoria de Comunicação da Usiminas enviou a seguinte mensagem: “A Usiminas informa que já produz comercialmente aço a partir da ferro gusa do Alto Forno 3 desde o dia 10 de novembro. O equipamento recebeu investimento de R$ 2,7 bilhões e tem capacidade para 3 milhões de toneladas de ferro gusa” (sic).
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AF-3 não mudaria muito o 2023 da Usiminas
Usiminas tem precedente em matéria de retirar equipamentos da linha de produção em área de redução – sinterização, coqueria e altos-fornos. Foi exatamente isso que fez na área de redução de minério na antiga Companhia Siderúrgica Paulista (Cosipa), em Cubatão (SP). A siderúrgica liderou pool de investidores na privatização da Cosipa, em 1993. Em 2005, foi integrada ao Grupo Usiminas e, quatro anos depois, incorporada (perdeu o nome).
Cosipa tinha capacidade nominal para produção de 4,5 milhões toneladas de aço líquido por ano. Mas, no 4T15, houve a decisão da Usiminas pela paralisação total da unidade paulista. Efetivada em 2016. Motivo: crise econômica no Brasil e, excesso de oferta de aços no mercado.
A Usiminas voltou a operar, em ritmo lento, os laminadores de tiras (a quente e a frio) da unidade Cubatão. Ou seja, comprando placas de aço no mercado para laminar. Aquela unidade possui laminador de chapas grossas.
Em 2021, o então presidente da Usiminas, Sérgio Leite, acenou a hipótese de voltar a uma produção em Cubatão, mas no modo semi-integrada. Ao Valor Econômico disse: “Mas ainda não há nada definido, está tudo no campo dos estudos. É uma usina moderna. As coquerias já desativamos totalmente, pois eram equipamentos antigos. Agora sinterização, os altos-fornos e a aciaria são modernos. Estamos no início dos estudos”.
Assista aqui o vídeo que mosta uma Cosipa fantasma.
Nesta fase, portanto, a Usiminas vive o mesmo dilema com o seu próprio equipamento, o AF-3 de Ipatinga. A inatividade dele, entretanto, não altera em nada o abastecimento dos mercados interno e externo.
Mas, uma saída de curto prazo para as unidades da Usiminas, em Minas Gerais e São Paulo, depende de um terceiro caminho. Saber aquilo que novo controlador, Grupo Ternium (braço do Grupo Techint) projeta para a CSA – Companhia Siderúrgica Atlântico, no Rio de Janeiro.
Entenda o imbróglio na reportagem da Bloomberg Línea, de abril deste ano, coincidindo, então, quando a Usiminas paralisou o AF-3.
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Moro em Cubatão já trabalhei na antiga Cosipa é uma pena que acabaram com essa empresa que deu emprego pra metade da cidade
Plantas antigas e mal administradas.
Querem somente grandes lucros. Com investimentos baixos.
Exportamos minérios é compramos aço pronto...
Não entendo está lógica brasileira....dar empregos ais asiáticos e deixam nossa indústria morrer!!
Chama-se capitalismo. Tudo em nome do lucro.