Eleições

TSE diz a prefeitos que pode suspender eleição se pandemia piorar

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, admitiu que poderá repensar a realização de eleições deste ano caso se agrave a pandemia no país. “Tenho compromisso com a possibilidade de conciliarmos a proteção da saúde da população com a realização do rito democrático. Mas, se a curva não cair e houver risco, teremos que voltar ao Congresso e discutir. Hoje, achamos que a decisão correta é adiar por algumas semanas, mas, se chegarmos lá e nos convencermos de que não, teremos a humildade de voltar atrás e repensar, dizer que quem estava certa era a Confederação Nacional de Municípios (CNM)”. A garantia do presidente do TSE foi dada durante reunião virtual com representantes da CNM e das 27 entidades estaduais.

O presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), primeiro vice-presidente da CNM e prefeito de Moema, Julvan Lacerda, participou da reunião junto do presidente da CNM, Glademir Aroldi. Eles listaram os argumentos que embasam defesa da suspensão do pleito eleitoral enquanto houver riscos de contaminação pelo novo coronavírus.

Opinião de especialistas

O ministro reconheceu que todas as preocupações apresentadas pelos prefeitos são legítimas e que não há respostas fáceis, mas defendeu a opinião de especialistas. “Eles imaginam que, até o final de setembro, mesmo considerando a heterogeneidade do Brasil, a curva vai cair de maneira significativa. De modo que passar [a eleição] para novembro nos daria algumas semanas de nível da doença decrescente, o que aumenta a segurança”, apontou.

Já o presidente da CNM apelou ao crescimento acelerado da disseminação do vírus em todas as regiões do Brasil, sem termos chegado ao pico. “O aspecto sanitário preocupa muito, além da questão econômica. A não realização da eleição neste ano não coloca em risco a democracia, muito pelo contrário, entendemos que a preservaremos, defendeu Aroldi.

Nesse sentido, a organização das pré-convenções e tratativas sobre os candidatos já começaram a movimentar os agentes políticos nas cidades. “Sabemos que será de casa em casa, com visitas, almoços, encontros nos bairros e nos comitês eleitorais, carreatas. E, pelo menos em 80% dos municípios, que têm menos de 100 mil habitantes, a campanha não se dará por rede social. Os candidatos vão usar as mesmas ferramentas de campanhas anteriores”, pontuou Aroldi, de acordo com a Agência CNM de notícias.

Orion Teixeira

Ver Comentários

  • Democratico porra nenhuma só pra não perder a boquinha que são essas eleições de 2 em 2 anos tem que acabar com isso e agora é a hora certa.

Posts Relacionados

Veja as cidades mineiras mais afetadas pelo tarifaço de Trump

Belo Horizonte, Araxá, Contagem, Guaxupé, Itabirito, Mariana, Ouro Preto, Sete Lagoas e Varginha são os…

2 dias atrás

Planalto dentro do STF

A independência nas atividades entre os Três Poderes da República está clara na Constituição. "Art.…

3 dias atrás

Além de partido, Simões precisa mudar a narrativa

A possível troca do partido Novo pelo PSD do senador Rodrigo Pacheco, antecipada nesta coluna,…

3 dias atrás

Com nova lei, BH se torna a 6ª capital mais competitiva do país

No dia 12 de agosto, Belo Horizonte uniu-se aos outros 578 municípios mineiros onde a…

3 dias atrás

Dino e o risco de cangaço ideológico no STF

A bagunça brasileira turbinada. Desta vez, pelo ministro Fábio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF).…

4 dias atrás

AMIG Brasil debate o Marco Regulatório Municipal da Mineração

A Associação Brasileira dos Municípios Mineradores abre, nesta quarta (20), o VI Encontro Nacional dos…

4 dias atrás

Thank you for trying AMP!

We have no ad to show to you!