Embora estivesse na agenda oficial do presidente Jair Bolsonaro, a reunião com o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG), foi cancelada, o que não é bom sinal para o mineiro. Explicação do porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros: “incompatibilidade de agenda”.
O ministro foi denunciado pelo Ministério Público de Minas por suspeita de comandar um esquema de desvio de recursos públicos por meio de candidaturas femininas de fachada (laranjas) na eleição do ano passado. E vem sendo pressionado por integrantes do próprio governo para renunciar, sob o argumento de que sua presença no ministério desgasta ainda mais o presidente.
Bolsonaro reservou uma parte de sua agenda para discutir com parlamentares e advogados possibilidades jurídicas para deixar o PSL. E, ao que tudo indica, na nova agremiação onde o presidente e seu grupo buscam abrigo não há lugar para Marcelo Álvaro Antônio.
É o que fica claro na nota divulgada pelo grupo de bolsonaristas após reunião com o presidente. No documento eles afirmam que, “comprometidos com o projeto de um novo Brasil“, reiteram “o acordo firmado em 2018 com a grande maioria dos brasileiros de construir um país livre da corrupção, em nome dos valores republicanos voltados à consolidação da nossa bandeira de ética na democracia e de justiça social”.
Embora o ministro ainda seja somente investigado, o que pesa contra ele são denúncias de corrupção. E se não há lugar para Marcelo Álvaro Antônio no mesmo partido do presidente, talvez não haja também espaço para ele no ministério do presidente.
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