Fuad Noman deixou como legado a manutenção da democracia em BH, foto Adão de Souza/PBH
O racha na esquerda, que tem inviabilizado as candidaturas à Prefeitura de BH de Duda Salabert (PDT) e Rogério Correia (PT), está promovendo também uma reação, um movimento dissidente. O objetivo é garantir a presença de um candidato do campo democrático no 2º turno das eleições de BH ante a possibilidade de apenas dois candidatos da direita na disputa final.
Está sendo formada uma frente democrática e progressista, integrada por membros dos movimentos sindical e popular e de setores ligados a partidos desse campo. O beneficiado será o prefeito e candidato à reeleição, Fuad Noman (PSD), por demonstrar potencial capaz de barrar o candidato do PL, Bruno Engler, e avançar na eleição.
De acordo com as últimas três pesquisas (Datafolha, nº 2912/24 e duas da Quaest, 7539/24 e 9915/24), Fuad deslocou-se positivamente do grupo que disputa a segunda colocação. Foi a 20%, segundo as duas últimas medições da Quaest.
Ao contrário dele, Bruno Engler subiu dois, de 16% para 18%, mas caiu para a terceira posição na Quaest desta quarta-feira. Duda Salabert recuou mais ainda, de 12% para 10%. Rogério Correia (PT), com 5%, Carlos Viana (Podemos), 3%, e Gabriel Azevedo (MDB), 2%, perderam a competitividade nessa sondagem a 18 dias da votação.
Chamado de ‘Por uma BH democrática, progressista e popular’, o manifesto alega que BH é reconhecida historicamente como uma cidade progressista, comprovada nos últimos 30 anos. “Entretanto, recentemente, a capital mineira apresentou resultados eleitorais preocupantes. Em 2022, pela primeira vez, desde a redemocratização, as forças progressistas foram derrotadas nos dois turnos das eleições presidenciais. Hoje, na eleição municipal em curso, é real a possibilidade de termos duas candidaturas que integram o espectro bolsonarista no 2º turno: um representante do bolsonarismo raiz e uma candidatura conservadora, apoiada por membros dos setores bolsonaristas ultraliberais, entre eles, o governador do Estado”, adverte o documento.
Diante disso, consideram que “é urgente que o conjunto das forças democráticas fortaleça uma candidatura progressista em condições de passar para o 2º turno, e, assim, vencer as eleições”. Na avaliação da frente em formação, a candidatura de Fuad Noman é a opção a ser considerada “por quem quer que Belo Horizonte permaneça em sua trajetória progressista”.
Ao manifestar respeito por outras candidaturas, o movimento argumenta que tem um fundamento e um norte: “evitar a ascensão da extrema direita e fortalecer uma base para os futuros embates”. O manifesto será divulgado na próxima semana.
A campanha de Bruno Engler (PL), agora, está pesquisando a razão pela qual ele parou de crescer. Estaria estacionado em 15%, com margem de erro de 3 pontos. O teto parece se chamar bolsonarismo, que, ao contrário do que avaliavam, estaria travando seu crescimento. Além da identidade, a vinda do ex-presidente a BH acrescentou poucas intenções de voto.
Já anotamos isso aqui, onde não há disputa com o PT, o bolsonarismo perde força. A situação se repete no Rio de Janeiro, onde o bolsonarista Alexandre Ramagem (PL) também orbita nos 15% dentro da mesma margem de erro. Em São Paulo, a disputa está entre a direita de conveniência do prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), e a esquerda convicta de Guilherme Boulos (PSOL). Já o bolsonarista de terceira geração, Pablo Marçal (PRTB), começa a patinar.
(*) Publicado no Jornal Estado de Minas
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