Política

Entidades apontam efeitos danosos de ICMS menor e da adesão de Minas ao RRF

A Affemg e o Sindifisco/MG voltaram a condenar e apontar os efeitos danosos da redução do ICMS sobre os combustíveis e da adesão de Minas ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Com a primeira medida, Minas Gerais perderá receita da ordem de R$ 17 bilhões por ano. Por meio da segunda, o Estado perderá autonomia, entre outras graves consequências, para decidir sobre investimentos e gastos a partir das imposições do RRF durante nove anos.

O alerta foi dado pelos presidentes do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual, Edson Mateus, e pela presidente da Associação dos Funcionários Fiscais de Minas, Sara Felix. Confira abaixo a 2ª parte da entrevista exclusiva concedida pelos dois dirigentes do Sindifisco e da Affemg ao site ALÉM DO FATO, avaliando os impactos dessas duas medidas fiscais. Na primeira parte, focaram o concurso para auditor fiscal a ser realizado pelo Estado após 17 anos.

Congresso Nacional atropela Estados

No mês de junho, o Senado e, depois, a Câmara dos Deputados aprovaram a redução do imposto estadual de 30% em média para 17%. “Do ponto de vista jurídico, nosso entendimento é de que o Congresso Nacional não poderia fazê-lo por conta da autonomia da federação, do pacto federativo. Do ponto de vista da receita, reduzir tributo, sem fazer os ajustes, haverá falta de recursos. Não tem milagre”, advertiu Sara Felix.

E, no dia 2 de julho, o ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou Minas a aderir ao Regime de Recuperação Fiscal sem o aval legislativo. Em sua liminar, Marques criticou a omissão da Assembleia Legislativa e sustentou a necessidade do ajuste fiscal.

Interferência de ministro do STF

De acordo com Edson Mateus, a decisão extrapola a competência do Judiciário sob o argumento de que eventual autorização à adesão ao RRF seria de competência da Assembleia Legislativa. “Cabe, portanto, ao Legislativo estadual promover o debate com todos os interessados, de forma democrática, sem imposição ou interferência do Judiciário”, criticou ele.

Presidentes do SindifiscoMG, Edson Mateus, e Sara Felix, da Affemg, concedem entrevista ao jornalista Orion Teixeira

Veja aqui a primeira parte da entrevista aqui, sobre concurso para auditor fiscal da Receita Estadual de Minas

Orion Teixeira

Posts Relacionados

Lockheed recompra mais US$ 2 bi em ações

A Martin Lockheed realizará nova recompra de ações do capital. Desta vez, o Conselho de…

1 dia atrás

Futuro de Pacheco está nas mãos de Lula e de Alcolumbre

O futuro do senador Rodrigo Pacheco (PSD), se vai para o STF ou para a…

2 dias atrás

AMM: partidos só querem aumentar o caixa nas eleições

De olho na fatura do fundo partidário, os partidos políticos irão investir pra valer no…

6 dias atrás

Falta de engenheiros deixa em alerta o futuro da atividade

A escassez de profissionais levou o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais…

1 semana atrás

AMM: 70% dos impostos são “sequestrados” por Brasília

Defensor convicto do municipalismo, o presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM) e prefeito de…

1 semana atrás

Lula e Tarcísio travam sucessão em Minas

Todos cobram uma definição do senador Rodrigo Pacheco (PSD), se será ou não candidato a…

1 semana atrás

Thank you for trying AMP!

We have no ad to show to you!