Política

Floresta Amazônica não tem incêndios em áreas da Vale

Na Floresta Amazônica, não há incêndios dentro na província minerária de ferro da Serra de Carajás, no Pará, pertencente à Vale S.A. A garantia partiu, nesta segunda (26), dos prefeitos de Parauapebas, Darci José Lermen (MDB), e de Canaã dos Carajás, Jeová Gonçalves Andrade (MDB), em conversa com Além do Fato. “Tem gente que põe fogo para limpar área com capim, pastagens. Aí, se descuida, e pega fogo (em tudo)”, comentou Darci Lermen, ao ilustrar como ocorrem as queimadas no município. Porém, foi categórico em reafirmar que “não há incêndios em florestas em áreas das atividades da Vale e nas reservas assumidas por ela”.

Confirmação de fogo criminosos na Amazônia

Darci Lermen admitiu, porém, que Parauapebas não é um exemplo para tudo. “Em muitas cidades têm (incêndios) criminosos. Tem muitos”, afirmou o prefeito. Mas, de outra parte, trata as queimadas, no geral, na Amazônia como se fosse uma cultura da população regional. “Já tivemos anos bons (com menos queimadas), e anos não bons (muitas queimadas)”, sintetiza. O prefeito, natural de Santo Cristo (RS), informa que o Município está empenhado em um programa nas escolas e igrejas para criação de “ações conjuntas e trabalhos pela conscientização do fim das queimadas”.

O chefe do Executivo de Parauapebas não concorda com a associação do alastramento das queimadas na Amazônia às posturas do Governo Bolsonaro. “Muita gente acha que é culpa do Governo. Mas não é. É o momento (de tensão política) que o Brasil vive. Aí, há o fogo, com qualquer centelha. O problema na nossa região não é desmatamento, é incêndio. Mas de quem faz queimada em pastagem, para limpeza nas fazendas. Também não tem empresa queimando (a floresta) em nossa região”, assegura Darci Lener. Ele e o colega de Canaã dos Carajás participam, com uma centena prefeitos, do III Encontro Nacional dos Municípios Mineradores, hoje e amanhã, em Belo Horizonte.

Vale vai recuperar área degradada

O prefeito de Canaã dos Carajás, onde está a maior jazida de minério da Vale, o projeto S11D (emenda com Parauapebas), seguiu em mesma linha do colega regional. “Lá, tem praticamente um só empresa, a Vale, que mantém enorme área florestal. Ela também adquiriu enorme área (degradada), onde fará reflorestamento com árvores nativas. Isso é compensação ambiental. Por sinal os grandes incêndios (na região) estão em áreas degradadas. São criminosos”, afirmou Jeová Andrade, mineiro de João Pinheiro.

Em 2019, o chamado sistema Serra Sul de Carajás deverá produzir 75 milhões de t de minério. A previsão da mineradora, para 2020, é dobrar a produção na Serra Sul de Carajás para 150 milhões t, quais 100 milhões da S11D, em Canaã. A mineradora prevê produzir outras 50 milhões t em lavras próximas.  

Nairo Alméri

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  • Ao se livrar da pecha, condenam os que fazem, ficou muito claro. ?Todos sabem o que de fato acontece por lá, e nem precisa da Vale tentar se livrar, dos seus crimes, esse seria o menor e menos grave. Mas fica o registro do que sempre acontece por lá é do município e de sua população, que não segue as leis, e as infringem, por nada lhes acontece de punição. Por isso que a ação de GLO causa a irritação dos governos locais, pois agora serão punidos ou pelo menos mostrados que os crimes acontecem e não incêndios naturais.

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