Davi Alcolumbre é o principal trunfo de Pacheco na definição de seu futuro, foto Antônio Cruz/Abr
O futuro do senador Rodrigo Pacheco (PSD), se vai para o STF ou para a disputa ao governo de Minas, será escrito a quatro mãos. Se ele for indicado ao STF por Lula, a decisão passará pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União). Se ele não for, também. Pacheco tem qualidades pessoais e profissionais para virar ministro da Suprema Corte, créditos políticos junto a Lula e, principalmente, apoio poderoso de Alcolumbre. Os dois senadores foram parceiros nos últimos sete anos e, por isso, se alternaram no comando do Senado, bancando ainda um ministro para o Tribunal de Contas da União.
No meio dessa dupla e forte relação, o presidente irá medir as consequências de tais decisões. Se os dois tem força política e objetivos, Lula também os tem e até mais poder. Ele está convencido de que de nada adiantará atendê-los e, na sequência, perder a reeleição.
Nos próximos dias, o presidente terá o desafio de resolver essa parada. Ninguém ouviu, até agora, Lula lançar Pacheco para ministro do Supremo. Em vez disso, em verso e prosa, fez a defesa da candidatura dele a governador de Minas. Pacheco e Alcolumbre sabem disso. Na última viagem que fez a Minas, em agosto, na comitiva presidencial, Pacheco fez um discurso bastante alinhado e deixou recado a Lula, de que seu futuro será aquele que a população quiser.
Para chegar à população, o pré-candidato a governador vai precisar de estrutura partidária e eleitoral, tempo de TV e rádio e fundo partidário para ficar competitivo. Alguns dizem que ele não tem chances, que não tem votos, que não tem cheiro de povo, entre outras críticas, mas boa parte disso dialoga com o bolsonarismo. Outros, como prefeitos mineiros, defendem sua candidatura de Pacheco ao governo.
Convicto da influência de Minas nas eleições presidenciais, Lula fará tudo para ganhar no estado, que mantém, desde a primeira eleição presidencial de 89, o status de colégio definidor. Durante todo este ano, ele insistiu e bateu na mesma tecla da candidatura a governador de Pacheco. Não deverá ter sido um período em vão. Terá Pacheco como representante em seu palanque em Minas ou, então, construiu paralelamente um plano B.
Aliados do petista no estado, como a prefeita de Contagem, Marília Campos (PT), o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), e até o presidente da Assembleia Legislativa, Tadeu Leite (MDB) receiam receber um chamado presidencial ou telefônico para ser cabeça de chapa ou integrá-la numa composição política.
Seja qual for o destino de Pacheco, uma coisa já é certa. Ele e seu grupo político deixarão o PSD, partido ao qual está filiado desde 2021. Se ele for candidato a governador, deverá se filiar em outro partido; se for indicado ministro do STF, terá que deixar a vida partidária e política. “Depois de tudo o que aconteceu, o tratamento que ele e nós estamos recebendo, nós sairemos do partido”, adiantou o deputado federal aliado, Luiz Fernando Faria, ao avaliar a iniciativa de o PSD filiar o rival e vice-governador Mateus Simões (Novo).
Conhecido por ter números (pesquisa), como ele próprio diz, o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil quer voltar ao jogo por meio da filiação ao PDT na próxima quarta, em Brasília. Mais do que números, Kalil tem entregas do tempo em que foi prefeito por quase seis anos. Tudo isso compõe seus trunfos, mas tem também os pontos fracos. Falta a Kalil estabelecer relações de confiança e de grupo. Desde que se projetou, muitos aliados o deixaram e alguns até viraram inimigos.
Kalil quer fazer o perfil ‘nem um nem outro’, para espantar a polarização política do lulismo-bolsonarismo. Fez algo parecido em 2016, quando se colocou como outsider, o antipolítico. Tinha uma carreira solo, agora, será diferente. Se Lula perceber que Kalil será problema, não terá dúvidas em tirar sua candidatura.
Denúncias de assédios e de perseguição foram feitas, na Assembleia Legislativa, por funcionários da TV Minas e Rádio Inconfidência como estratégia de aparelhamento político das duas emissoras. As duas emissoras integram a Empresa Mineira de Comunicação (EMC). As críticas foram feitas durante audiência da Comissão de Cultura da Assembleia. Dirigentes da EMC negaram as acusações, exaltaram a qualidade e o alcance da programação, que chegaria hoje a mais de 600 municípios, e disseram que a emissora cobre também fatos ligados à oposição, como visitas de Lula.
O Tribunal de Contas de Minas irá receber autores consagrados da literatura contemporânea em um diálogo aberto com o público. Os encontros acontecerão sempre às 19:30 e serão abertos por Mia Couto, no dia 20 de outubro; Itamar Vieira Júnior, 28 de outubro; Conceição Evaristo, no dia 4 de novembro, e Ailton Krenak, em 10 de dezembro. A iniciativa tem a parceria do Tribunal com o programa Sempre um Papo e patrocínio da Copasa.
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