Esse foi o apelo em tom de desabafo feito pelo presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas, Marcelo de Souza e Silva, diante do impasse que tomou conta da greve de ônibus em BH. O prefeito Alexandre Kalil (PSD) afirmou, nesta quinta-feira (2), que não vai buscar solução para o problema enquanto houver greve. A determinação da Justiça do Trabalho, de escala mínima de 60% da frota em circulação, mais uma vez, não foi cumprida, segundo Kalil. Os sindicatos patronal e dos trabalhadores também não chegam a acordo.
Diante disso, Marcelo de Souza e Silva renovou a cobrança que havia feito na primeira paralisação há 10 dias. Em ofício, solicitou urgente resolução às partes envolvidas. Entre elas, o Tribunal Regional do Trabalho, o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Belo Horizonte e Região e o presidente da BHTrans, Diogo Prosdocimi. “Uma greve de ônibus é como uma facada no coração do comércio”, reagiu o presidente da CDL/BH.
“O comércio e o povo trabalhador de Belo Horizonte não aguentam mais. Respeitamos o direito à greve, é legítimo que os trabalhadores queiram melhorias salariais. Mas, fazemos um apelo para que haja diálogo entre a Prefeitura, as empresas, os sindicatos e Justiça do Trabalho para que entrem em um acordo o mais rápido possível. O comércio foi o setor da economia que mais sofreu ao longo desses quase dois anos de pandemia. Uma greve de ônibus é como uma facada no coração do comércio. Agora, com a proximidade do Natal, todos estão se esforçando ao máximo para recuperar um pouco o prejuízo. Na semana passada, a paralisação prejudicou as vendas da Black Friday. Orientamos os lojistas a estender a ação, muitos atenderam e conseguiram amenizar as perdas. Mas, às vésperas do Natal, não dá para sofrer esse baque. Esperamos que ainda hoje todas as partes envolvidas encontrem uma solução para pôr fim à greve. O comércio não aguenta mais pagar essa conta”.
Kalil também reconheceu a legalidade do que foi estabelecido na Justiça e espera que alguma providência seja tomada. “Estamos muito preocupados e é importante que seja colocado de forma clara. Temos que trabalhar pela cidade, o povo está precisando”, acrescentou.
Os rodoviários decidiram retomar a greve, alegando que estão sem reposição salarial há dois anos e reivindicam reajuste de 9%, mais correção dos vencimentos pelo INPC. Outras pautas do movimento são: retorno do ticket nas férias, pagamento do abono 2019/2020 e fim da limitação do passe livre.
A proposta apresentada pelo sindicato patronal, o Setra-BH, foi insatisfatória na avaliação da categoria por desconsiderar a reposição salarial pela inflação.
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