Política

Guerra pelo controle do PSD de Pacheco acaba dia 15

No próximo dia 15 de setembro, ficará definido quem manda no PSD para as eleições de 2026. Uma ala, liderada pelo presidente estadual e deputado, Cássio Soares, com apoio do presidente nacional, Gilberto Kassab, defende a filiação do pré-candidato a governador de Minas, Mateus Simões. Esse grupo está mais próximo ao centro-direita e não aceita apoiar a reeleição do presidente Lula (PT).

Filiado ao Novo e atual vice-governador, Simões negocia há algum tempo a troca de seu partido, o Novo, pelo PSD para viabilizar sua candidatura a governador. Ao contrário de seu partido, o PSD pode lhe dar competitividade por deter generosos fundo partidário e tempo de TV e rádio no horário gratuito eleitoral.

Outra ala, a do senador Rodrigo Pacheco e do ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, defende a candidatura a governador de Pacheco e apoio à reeleição de Lula. Daí a polarização. Nem o PSD da Assembleia Legislativa e Kassab aceitam o alinhamento ao governo petista, embora, e contraditoriamente, o partido tenha três ministérios. Pensam, agora, nos cargos dos futuros governos federal e estadual.

Por conta disso, o racha tem data para acabar neste mês. A primeira ala está fazendo, no dia 15, grande mobilização de prefeitos e bases do partido para encontro com Kassab, em BH, e promover filiações em grande escala de olho em 2026. A mais esperada é a de Mateus Simões.

O outro grupo, de Pacheco, está fazendo igualmente grande movimento para esvaziar o encontro, como quem diz ‘vamos ver quem manda no partido’. Se a reunião fizer água, Simões, Cássio e Kassab irão reavaliar os rumos. Caso contrário, Pacheco e Silveira é que farão esse movimento.

Atraso pode trazer perdas

Ciente da situação, Lula deixou alerta para Pacheco, na sexta, em entrevista à Rádio Itatiaia, quando disse que o tempo dele estava se esgotando. Segundo o petista, o atraso permite que os rivais ganhem espaço. Ele não disse, porém, que, mais do que espaço, os rivais querem tomar o partido do senador.

STF em primeiro lugar

A reunião do PSD do dia 15 não representará a confirmação ou não da candidatura a governador de Pacheco, mas de seu futuro político. Com advogado experimentado, o senador irá aguardar a definição de outra decisão até o final de setembro. No próximo dia 29, o ministro Edson Fachin tomará posse na presidência do STF, sucedendo a Luís Barroso. Se Barroso não anunciar a aposentadoria, Pacheco lançará a pré-candidatura a governador. Caso contrário, havendo a vaga no Supremo, ele será indicado ministro. Além de seu preparo e sonho como jurista e da boa aliança com o presidente Lula, seu cabo eleitoral mais forte é o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União).

Lula precisa de Pacheco

Não é sem razão que Lula investe na candidatura de Pacheco a governador. O petista precisa dele para montar um palanque forte e robusto para que ele próprio vença as eleições presidenciais em Minas. Historicamente, quem vence em Minas ganha em todo o país. Na avaliação de Lula, Pacheco é o nome de seu campo mais forte e preparado para fortalecer seu projeto e até para ganhar o Governo de Minas.

Segurança virou municipal

Sempre que se discute o desempenho da segurança pública em Minas, o governo diz que é a melhor do país e os opositores apontam o contrário. O veredito mais real está com os especialistas que a fazem no dia: os policiais e bombeiros militares e os civis e suas representações associativas e parlamentares. Seja qual avaliação prevalecer, o que tem de ser reconhecido é que a segurança pública de Minas hoje é municipal. São os prefeitos que viabilizam a atuação das polícias, pagando a conta dos aluguéis, do combustível das viaturas e outras condições necessárias ao desempenho das forças de segurança que são estaduais.

Caiado exibe o potencial

Em pré-campanha a presidente, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), vem a BH para contar que é o mais competitivo entre os concorrentes aliados. Ele participa amanhã(2) do Conexão Empresarial da Revista Viver Brasil. Instalado no campo da direita, Caiado quer ir além do espectro ideológico e divulgar que tem os melhores índices de aprovação, com destaque na segurança. “Aqui, o bandido muda de profissão ou se muda de Goiás”, comemora Caiado, que adotou medidas que barram o uso de celulares em presídios, além de visitas íntimas para condenados perigosos.

Projetando Nova Lima

Ao conquistar o 6º lugar no país e 1º em Minas na sustentabilidade fiscal, o prefeito de Nova Lima (Grande BH), João Marcelo (Cidadania), comemorou o resultado. De acordo com ele, o rigor nas contas públicas criou as condições de investimento em programas sociais e obras. “Isso nem sempre é fruto da arrecadação, mas do controle dos gastos. Em Nova Lima, temos rigor muito grande nas despesas de pessoal e com a qualidade dos gastos para investir naquilo que a população precisa”, ensinou o prefeito.

Projetando Contagem

Ainda que não seja lançada a voos mais altos, a prefeita de Contagem, Marília Campos (PT), já está feliz com o voo da própria cidade. Tempos atrás, os grandes eventos aconteciam somente na capital. Nos últimos seis meses, Contagem recebeu a visita presidencial duas vezes. “Na 1ª vez, o presidente da República ouviu nossas reivindicações. Agora, na 2ª (sexta, 29), voltou para anunciar obras”, comemorou com o anúncio de investimentos na mobilidade urbana.

Orion Teixeira

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