Pacheco, Kassab e Simões, fotos Andressa Anholete/Senado, Wilson Dias/ABr e Luiz Santana/ALMG
No próximo dia 15 de setembro, ficará definido quem manda no PSD para as eleições de 2026. Uma ala, liderada pelo presidente estadual e deputado, Cássio Soares, com apoio do presidente nacional, Gilberto Kassab, defende a filiação do pré-candidato a governador de Minas, Mateus Simões. Esse grupo está mais próximo ao centro-direita e não aceita apoiar a reeleição do presidente Lula (PT).
Filiado ao Novo e atual vice-governador, Simões negocia há algum tempo a troca de seu partido, o Novo, pelo PSD para viabilizar sua candidatura a governador. Ao contrário de seu partido, o PSD pode lhe dar competitividade por deter generosos fundo partidário e tempo de TV e rádio no horário gratuito eleitoral.
Outra ala, a do senador Rodrigo Pacheco e do ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, defende a candidatura a governador de Pacheco e apoio à reeleição de Lula. Daí a polarização. Nem o PSD da Assembleia Legislativa e Kassab aceitam o alinhamento ao governo petista, embora, e contraditoriamente, o partido tenha três ministérios. Pensam, agora, nos cargos dos futuros governos federal e estadual.
Por conta disso, o racha tem data para acabar neste mês. A primeira ala está fazendo, no dia 15, grande mobilização de prefeitos e bases do partido para encontro com Kassab, em BH, e promover filiações em grande escala de olho em 2026. A mais esperada é a de Mateus Simões.
O outro grupo, de Pacheco, está fazendo igualmente grande movimento para esvaziar o encontro, como quem diz ‘vamos ver quem manda no partido’. Se a reunião fizer água, Simões, Cássio e Kassab irão reavaliar os rumos. Caso contrário, Pacheco e Silveira é que farão esse movimento.
Ciente da situação, Lula deixou alerta para Pacheco, na sexta, em entrevista à Rádio Itatiaia, quando disse que o tempo dele estava se esgotando. Segundo o petista, o atraso permite que os rivais ganhem espaço. Ele não disse, porém, que, mais do que espaço, os rivais querem tomar o partido do senador.
A reunião do PSD do dia 15 não representará a confirmação ou não da candidatura a governador de Pacheco, mas de seu futuro político. Com advogado experimentado, o senador irá aguardar a definição de outra decisão até o final de setembro. No próximo dia 29, o ministro Edson Fachin tomará posse na presidência do STF, sucedendo a Luís Barroso. Se Barroso não anunciar a aposentadoria, Pacheco lançará a pré-candidatura a governador. Caso contrário, havendo a vaga no Supremo, ele será indicado ministro. Além de seu preparo e sonho como jurista e da boa aliança com o presidente Lula, seu cabo eleitoral mais forte é o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União).
Não é sem razão que Lula investe na candidatura de Pacheco a governador. O petista precisa dele para montar um palanque forte e robusto para que ele próprio vença as eleições presidenciais em Minas. Historicamente, quem vence em Minas ganha em todo o país. Na avaliação de Lula, Pacheco é o nome de seu campo mais forte e preparado para fortalecer seu projeto e até para ganhar o Governo de Minas.
Sempre que se discute o desempenho da segurança pública em Minas, o governo diz que é a melhor do país e os opositores apontam o contrário. O veredito mais real está com os especialistas que a fazem no dia: os policiais e bombeiros militares e os civis e suas representações associativas e parlamentares. Seja qual avaliação prevalecer, o que tem de ser reconhecido é que a segurança pública de Minas hoje é municipal. São os prefeitos que viabilizam a atuação das polícias, pagando a conta dos aluguéis, do combustível das viaturas e outras condições necessárias ao desempenho das forças de segurança que são estaduais.
Em pré-campanha a presidente, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), vem a BH para contar que é o mais competitivo entre os concorrentes aliados. Ele participa amanhã(2) do Conexão Empresarial da Revista Viver Brasil. Instalado no campo da direita, Caiado quer ir além do espectro ideológico e divulgar que tem os melhores índices de aprovação, com destaque na segurança. “Aqui, o bandido muda de profissão ou se muda de Goiás”, comemora Caiado, que adotou medidas que barram o uso de celulares em presídios, além de visitas íntimas para condenados perigosos.
Ao conquistar o 6º lugar no país e 1º em Minas na sustentabilidade fiscal, o prefeito de Nova Lima (Grande BH), João Marcelo (Cidadania), comemorou o resultado. De acordo com ele, o rigor nas contas públicas criou as condições de investimento em programas sociais e obras. “Isso nem sempre é fruto da arrecadação, mas do controle dos gastos. Em Nova Lima, temos rigor muito grande nas despesas de pessoal e com a qualidade dos gastos para investir naquilo que a população precisa”, ensinou o prefeito.
Ainda que não seja lançada a voos mais altos, a prefeita de Contagem, Marília Campos (PT), já está feliz com o voo da própria cidade. Tempos atrás, os grandes eventos aconteciam somente na capital. Nos últimos seis meses, Contagem recebeu a visita presidencial duas vezes. “Na 1ª vez, o presidente da República ouviu nossas reivindicações. Agora, na 2ª (sexta, 29), voltou para anunciar obras”, comemorou com o anúncio de investimentos na mobilidade urbana.
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