Política

Lava jato sai em defesa de procurador acusado de receber propina de doleiro

A força-tarefa da operação Lava Jato de Curitiba divulgou nota em defesa do procurador Januário Paludo. Segundo matéria publicada pelo portal UOL, Dario Messer, “o doleiro dos doleiros”, em conversa com sua namorada Myra Athayde, interceptada pela Polícia Federal, afirma que pagou propinas mensais para o procurador.

“Os procuradores da força-tarefa reiteram a plena confiança no trabalho do procurador Januário Paludo“, diz um trecho da nota divulgada pela força-tarefa. A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) também divulgou nota em apoio a Paludo e classifica como “ilações infundadas” a informação de que ele teria recebido propina do doleiro.

O coordenador-geral da lava jato, Deltan Dallagnol, usou suas redes sociais para defender o procurador, que é apontado como uma espécie de conselheiro tanto dele como dos demais procuradores da operação. Na sua conta no Twitter (abaixo) ele publicou: “Januário é um dos procuradores mais diligentes, dedicados e competentes do MPF”.

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Em conversa gravada pela PF, doleiro diz que pagava propina a procurador da Lava Jato

Veja a íntegra da nota distribuída pela força-tarefa da lava jato sobre as denúncias de pagamento de propina ao procurador Januário Paludo:

Em relação à matéria do UOL divulgada nesta madrugada, os procuradores da força-tarefa da operação Lava Jato do Ministério Público Federal (MPF) no Paraná informam que:

1. A ação penal que tramitou contra Dario Messer em Curitiba foi de responsabilidade de outro procurador que atua na procuradoria da República no Paraná, o qual trabalhou no caso com completa independência. Nem o procurador Januário Paludo nem a força-tarefa atuaram nesse processo.

2. O doleiro Dario Messer é alvo alvo de investigação na Lava Jato do Rio de Janeiro, razão pela qual não faz sequer sentido a suposição de que um procurador da força-tarefa do Paraná poderia oferecer qualquer tipo de proteção.

3. As ilações mencionadas pela reportagem de supostas propinas pagas a PF e ao MP já foram alvo de matérias publicadas na imprensa no passado e, pelo que foi divulgado, há investigação sobre possível exploração de prestígio por parte de advogado do investigado, fato que acontece quando o nome de uma autoridade é utilizado sem o seu conhecimento.

4. Em todos os acordos de colaboração premiada feitos pela força-tarefa, sem exceção, os colaboradores têm a obrigação de revelar todos os fatos criminosos, sob pena de rescisão do acordo.

5. Os procuradores da força-tarefa reiteram a plena confiança no trabalho do procurador Januário Paludo, pessoa com extenso rol de serviços prestados à sociedade e respeitada no Ministério Público pela seriedade, profissionalismo e experiência.

Editor

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