O casal inquilino do Alvorada parece nem aí para a reação da opinião pública às seguidas trapalhadas que patrocina. Ontem (08/01), em ato oficial dentro do Planalto pela democracia repúdio aos golpismos, serviu outra. A sensação é a de que aposta que parecer engraçadinho (dentro e fora do PT) colhe dividendos. Aposta na certeza de que sempre será saudado por um blocão de comentaristas de bajuladores, plantado nos veículos de comunicação.
Na véspera da cúpula do G20, no Rio de Janeiro, em 18 e 19 de novembro, todavia, a socióloga Rosângela Lula da Silva (PT-PR), exagerou na dose. Janja, como Rosângela é conhecida, quis se exibir para cúpula de chefes de Estado e Governo. E julgou que seria o máximo dirigir palavras de baixo calão contra o bilionário N 1º do planeta, Elon Reeve Musk.
Desta vez, entretanto, desagradou geral, até ao próprio marido, Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP). Resultado: a primeira-dama recebeu reprimenda em público do presidente da República.
Musk, dono da Tesla, Inc., plataforma X (antigo Twitter), SpaceX etc., já estava indicado para ser influente no próximo Governo dos Estados Unidos. Foi convidado por Donald Trump (Democrata), que assumirá no dia 20, para posto no 1º escalão. Relembre o ensaio protagonizado por Janja e a reação do marido.
A Janja, bem antes da aresta com Musk, demonstrou preocupação com as seguidas gracinhas do marido que resultaram em cabeçadas. Ela sugeriu adotar discursos lidos, ou seja, abandonar os improvisos.
Lula e o PT fizeram do 8 de janeiro a data mais relevante para o Governo Lula-3 (ver abaixo).
Mas ontem, o petista chutou o pau da barraca. Ele quis fazer gracinha e, no improviso, tratou a democracia com um típico olhar machista do brasileiro na relação marido-mulher. Colocou o conjunto dos valores da democracia no corpo de uma “amante”.
“Não sou nem marido, eu sou um amante da democracia. Porque, a maioria das vezes, os amantes são mais apaixonados pela amante do que pelas mulheres. Eu sou um amante da democracia e conheço o valor dela”. Esse um trecho da parte do discurso de improviso (depois passou a ler). A a poucos metros do marido, sentada ao lado de autoridades, Janja ouviu (14:22 no vídeo).
O chefe do Executivo, lamentavelmente, transformou a nova trapalhada em ponto alto de cerimônia oficial.
Lula ficou devendo aos discursos de outras autoridades, fora do Planalto. Entre estas, por exemplo, de ministros do Supremo Tribunal Federal (ST), como Alexandre de Moraes.
As investigações da Polícia Federal apontaram que o primeiro passo foi orquestrado pelo ainda presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ). Seria deflagrado o golpe militar, em dezembro de 2022, e o petista. não tomaria posse. Mas faltou adesão de todos os comandantes das Forças Armadas.
Os bolsonaristas resolveram, então, praticar vandalismos em Brasília, com Lula já empossado. Invadiram e deixaram rastros de destruição em instituições dos Três Poderes da República, em 08 de janeiro de 2023. Lula estava ausente da Capital federal, no interior de São Paulo.
“… Eu fiz a primeira a primeira greve a partir de 1968, na greve de Contagem e na greve de, de, de Osasco…”, disse Lula ontem no improviso. Essas lideranças, entretanto, não aparecem nas reportagens da época nem em comemorações posteriores. Também não são citadas nos documentários nem pesquisas acadêmicas sobre aqueles fatos. Ele fica, sim, conhecido nos movimentos de 1978, no ABC.
O 1968 operário: As greves de Contagem e Osasco
O futuro ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Sidônio Palmeira, adiantou que não vai intervir nos improvisos. O casal, portanto, continua liberado para manter o país no modo republiqueta latino-americana.
Título original: No 8/1, Lula cobriu democracia com lençol para amante
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