Sérgio Moro não aceitou engolir mais um sapo, não concordou com a demissão do diretor da Polícia Federal, pediu demissão e saiu fazendo acusações gravíssimas contra o presidente Jair Bolsonaro.
Talvez a mais grave de todas tenha sido a informação de que o presidente lhe confessou que tem preocupações com inquéritos em curso no Supremo Tribunal Federal (STF) e, por essa razão, quer indicar para a direção da Polícia Federal, bem como para algumas superintendências, pessoas de sua confiança, para quem ele possa ligar e colher relatórios de inteligência.
Além de uma interferência política, o que nem mesmo o governo petista ousou fazer nem no auge da operação lava-jato, como fez questão de destacar Moro, o desejo do presidente de controlar as investigações em curso na Polícia Federal.
No STF, dois inquéritos que podem causar problemas ao presidente e aos seus filhos (Flávio, Carlos e Eduardo), e que estariam aterrorizando Bolsonaro. Um deles das fake news, para apurar a disseminação de notícias falsas nas redes sociais, e o outro, mais recente, que vai apurar quem são os responsáveis e os financiadores das manifestações antidemocráticas do último domingo, pedindo a volta do AI-5 e o fechamento do Congresso e do Supremo – que Bolsonaro participou ativamente.
Outra revelação grave de Moro contra Bolsonaro, que pode ser tipificada, segundo especialistas, como crime de falsidade ideológica. Ele não assinou o ato de exoneração do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo. Ficou sabendo pelo Diário Oficial e negou que o policial tenha deixado o cargo a pedido, como foi publicado.
Sérgio Moro também colocou em cheque o discurso de Jair Bolsonaro de combate à corrupção, que foi a principal razão de sua ida para o governo.
Consequências mais imediatas para Moro da decisão de deixar o cargo atirando: são próximas de zero suas chances de ser indicado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), um dos seus sonhos.
A outra: Sérgio Moro passa a ser candidatíssimo à Presidência da República em 2022. Antes de encerrar sua fala de quase 40 minutos, Moro anunciou que está à disposição do país.
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Collor e Dilma eram intragáveis e aconteceu alguma coisa com os dois. Bolsonaro é igualmente intragável e vai acontecer com ele exatamente o que aconteceu com os malas de antes. Entra em cena o Mourão. Mas não é que o jogo está melhorando...
Mouro se for presidente não governa nem 1 ano, o cara não se mistura com ninguém, vai ser outro Bolsonaro, e nem é político.
Antes eu achava que o Moro não dava ponto sem nó! Quando ele se tornou ministro do Bolsonaro, passei a achar que ele tinha deixado um monte de pontas soltas... Na entrevista de hoje, voltei a achar que ele não deixa ponto sem nó... saiu salvando sua imagem pública e potencialíssimo candidato ao que quiser nas próximas eleições...