O anúncio do deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos) de que está pré-candidato a prefeito de Belo Horizonte afeta mais a direita e a iguala à esquerda na eleição municipal deste ano. Além de ser um dos mais populares, Tramonte pontua bem nas pesquisas. Com sua entrada em cena, a direita passa a ter três pré-candidatos: além dele, Carlos Viana (Podemos) e Bruno Engler (PL).
A esquerda também está rachada entre as pré-candidaturas de Duda Salabert (PDT), Rogério Correia (PT) e Bella Gonçalves (PSOL). A eventual candidatura de Tramonte é motivo de preocupação de muita gente. No campo da direita, incomoda mais ao pré-candidato Carlos Viana (Podemos) e, em segundo lugar, ao bolsonarista Bruno Engler, deputado estadual do PL. O perfil do voto de Tramonte é antipetista, mas não necessariamente bolsonarista.
Para ter relevância, a direita aposta na polarização entre bolsonarista e petista, já que não tem o que mostrar em termos de pautas locais. Outro que será impactado pela possível candidatura de Tramonte é o prefeito Fuad Noman (PSD), que contava com o apoio do Republicanos à sua pré-candidatura à reeleição.
O secretário da Casa Civil do governo Zema, Marcelo Aro (PP), tem feito prognósticos da eleição municipal a quem manifesta perplexidade diante do confuso quadro pré-eleitoral de Belo Horizonte. Segundo ele, o desafeto dele, Gabriel Azevedo (MDB), presidente da Câmara da capital, que ele tentou em vão cassar, não será competitivo na campanha para prefeito, porque ele só teria ‘traços’ nas pesquisas. Adiantou outras duas possibilidades segundo as quais, o seu aliado, o bolsonarista Bruno Engler (PL) estará no segundo turno, mas que, como finalista, perderia para qualquer um dos adversários.
O protesto dos deputados aliados a Lula no evento da inauguração da Biomm, fábrica de insulina, em Nova Lima (Grande BH), com a presença do presidente, foi feito após a 3ª experiência negativa. Na primeira, o cerimonial da Presidência da República tentou barrar o presidente da Assembleia Legislativa, Tadeu Leite (MDB), que, depois, foi chamado à mesa.
Fazendo as contas, o tratamento reflete o desprestígio do PT mineiro e, principalmente, de Minas no governo Lula, onde não há um petista mineiro no ministério. A tendência é prevalecer assim, pois, segundo dizem na Assembleia, a bancada petista se restringe a fazer a disputa com políticas identitárias e corporativas.
O secretário de Estado da Fazenda, Luiz Claudio Gomes, justificou que seu supersalário está acobertado pela Lei Delegada 174, artigo 27, que permite a servidores públicos optar por receber até 50% do valor do cargo em comissão. Levantamentos apontam que, em março de 2023, por exemplo, ele recebeu R$ 20.688,65, o que deixa questionamentos sobre um possível acúmulo de cargos, o que é vedado pela Constituição Federal em seu artigo 37. Surge também a indagação sobre qual cargo comissionado em Minas possui uma remuneração de R$ 43.337,30, valor utilizado como base para o cálculo dos 50% do salário do secretário naquele mês. Com um salário que chega a superar o do próprio governador Zema, a situação merece atenção e esclarecimentos mais detalhados.
Dizem as pesquisas que 50% rejeitam Lula e outros 50% odeiam Bolsonaro, mas, na Fazenda estadual, o secretário Luiz Claudio alcançou os 100%.
Um dia após a larga vitória na Assembleia Legislativa, vencendo as resistências e insatisfação de aliados e aprovando seus nove vetos, o governo Zema informa: a compensação foi feita com sucesso. “Bom dia! Informo a todas as Deputadas e todos os Deputados, a pedido do Secretário Gustavo Valadares, que nossas Emendas Individuais na modalidade “Transferências Especiais” serão pagas hoje (26/4), devendo ser creditadas na próxima segunda-feira na conta dos beneficiados. Bom final de semana a todos e obrigado pelas votações na última semana. Abs. Dep. João Magalhães”. Esse foi o zap assinado e enviado pelo líder do governo na Assembleia. Também beneficiada, a oposição agradece à base aliada.
Após o imbróglio da Sala Minas Gerais, que quase afetou a Orquestra Filarmônica de Minas, deputados da oposição estão convocando a direção do BDMG para explicar a extinção do BDMG Cultural e o futuro de suas atividades.
A Comissão de Cultura da Assembleia irá convocar também a direção da EMC, Empresa Mineira de Comunicação, para esclarecer caso de censura na Rede Minas. A TV teria vetado a entrevista do maestro Fabio Machetti, diretor artístico da Filarmônica de Minas, que denunciou o contrato que transferia do Estado para a Fiemg o comando da Sala Minas Gerais. No dia 24/4, foi divulgada a participação dele no programa Palavra Cruzada para o dia 25, o que não aconteceu. De acordo com o presidente da Comissão, deputado Professor Cleiton, a TV Minas deixou de ser emissora do Estado para servir à propaganda oficial de um governo.
(*) Publicado no Jornal Estado de Minas
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