Política

Zema busca R$ 4,5 bi para 13º e extinguir parcelamento a todos

Causou discussão acalorada, na Assembleia Legislativa, o modelo de operação que o governo Zema está fazendo para pagar o 13º salário deste ano. No ritmo da polarização tucano-petista de duas décadas, os deputados estaduais Gustavo Valadares (PSDB) e Ulysses Gomes (PT) discutiram as heranças dos governos de seus partidos. Quem foi melhor e/ou pior. O embate reviveu duelo dos últimos 15 anos, de 2003 a 2018.

Afinado com o secretário de Planejamento, Otto Levy, Valadares garante que não será feito empréstimo por meio da estatal do nióbio, a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig). A transação implica venda antecipada de nióbio que o estado detém. Recebe o dinheiro agora, com algum deságio, menor do que juros bancários, e entregaria a matéria prima depois.

Assim, de acordo com o secretário do Planejamento, o governo pretende pagar a gratificação natalina em única parcela no final de dezembro e extinguir o parcelamento dos salários a partir de 5 de dezembro.

De acordo com Otto Levy, bastariam recursos de uma folha e meia, cerca de R$ 4,5 bilhões, para isso. Em conversa com o site ALÉM DO FATO, ele garantiu que a operação não tem nada de semelhante, como sugeriu Ulysses Gomes, ao modelo pretendido pelo governo Pimentel, em 2018. À época, a operação de empréstimo do governador petista, por meio da Codemig, foi barrada na Justiça por iniciativa Gustavo Valadares. Por conta disso, o tucano resolveu se manifestar da tribuna da Assembleia.

O chumbo trocado por ele, no plenário, marcou também a volta do tucano à tribuna da Assembleia, depois de período de distanciamento desde a queda do secretário tucano da articulação política, Custódio Mattos. Tudo indica que Valadares, na condição de líder da base governista na Assembleia, superou o trauma e se realinhou politicamente à gestão Zema.

O governo está confiante na operação. O novo secretário da articulação política, Bilac Pinto (DEM), no entanto, observou que a solução para o 13º salário é passageira. “O governo está apenas rolando a dívida. Uma hora vai ter de pagar essa conta”.

Orion Teixeira

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