Candidatos se enfrentam na TV Globo, foto Globo/Fernando Rabelo
Tudo somado, Zema deve estar arrependido de ter ido ao debate da TV Globo. Agora, ficou claro porque ele fugiu dos outros dois confrontos, da Band e da Alterosa, temendo os riscos de deslizes da exposição. São eventos necessários e obrigatórios. Em países mais evoluídos democraticamente, a participação em debates é obrigatória sob o risco de impugnação.
Por conta dessa omissão anterior, os ataques vieram acumulados de todos os lados, de todos os quatro concorrentes que participaram do embate na TV Globo. O encontro repetiu aquele formato tradicional e terminou muito tarde, afetando a audiência, mas a repercussão e a utilização de falas, erros e excessos devem ser aproveitados pelos rivais.
Romeu Zema (Novo) ficou emparedado com as críticas, manifestou nervosismo e até deu um tapa na mesa, ensaiado ou não, pode até ter saído do script. Improvisações como essa costumam dar errado na televisão. Zema foi a vidraça por quase duas horas no confronto direto.
A defesa que fez não foi suficiente para equilibrar o jogo. Chegou a errar o nome da candidata Lorene Figueiredo (PSOL) chamando-a de Edilene. E o clima chegou a ficar pesado no estúdio. O assessor de Zema desfilava pelo estúdio com dossiês, segundo quem viu, com nomes de ‘fotos de motel’ e ‘escândalos do Atlético’, time que Kalil já presidiu.
Até o PSDB que foi aliado na gestão criticou o candidato à reeleição do Novo por sua fixação com o governo do antecessor, de Fernando Pimentel (PT). Literalmente, Zema ficou nas cordas no último confronto do primeiro turno.
Kalil chegou a cobrar dele a mesma valentia (bater na mesa) para enfrentar as mineradoras e defender a Serra do Curral. Zema devolveu acusando Kalil de ameaçar jogar um entrevistador pela janela.
O debate foi a oportunidade de Zema mostrar mais de si mesmo e ser confrontado com o discurso que faz de campanha, segundo o qual diz que controlou as finanças do estado. Afirma também que está pagando em dia ao contrário das contas que herdou, mas está concluindo o mandato com um déficit maior do que recebeu, na casa dos R$ 12 bilhões. Não pagou nenhum centavo da dívida de Minas com a União, ao contrário, a aumentou em cerca de R$ 40 bilhões, totalizando cerca de R$ 170 bilhões.
Tanto está no vermelho que insiste em entregar a gestão financeira de Minas para o Governo federal com a adesão ao regime de recuperação fiscal. O programa impõe o monitoramento dos gastos do estado pelo Ministério da Economia.
As pesquisas continuam saindo. A última do Ipec apontou que Zema caiu um ponto e Kalil cresceu três. A diferença entre eles caiu de 17 para 11 pontos em uma semana. O terceiro colocado, Carlos Viana (PL) não saiu do lugar, mas pode haver mais intenções de voto para ele do que enxergam os institutos. Zema ainda está vencendo no primeiro turno, mas esses números deram alento a Kalil, que está convencido de que, até domingo, poderá haver chance de segunda votação.
O crescimento de Kalil pode estar associado também ao crescimento de Lula em Minas Gerais. O petista, que tinha 46% no estado na semana passada, agora tem 49%; Bolsonaro, 31%, de acordo com o mesmo instituto. A pesquisa Ipec está registrada junto ao Tribunal Superior Eleitoral sob o número MG-00909/2022. O nível de confiança é de 95%. Duas mil pessoas foram entrevistadas.
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