Ao nomear, nesta terça (27), o novo secretário de Governo de sua gestão, o governador Romeu Zema (Novo), descumpriu, ou reviu, mais um posicionamento de campanha eleitoral. Zema dizia na campanha eleitoral, e depois na transição, que não nomearia político, especialmente deputados, para seu governo.
Oito meses depois que fracassou sua articulação política, ele reviu o conceito e demitiu o secretário Custódio Mattos (PSDB), que não tinha mais mandato parlamentar, mas sempre havia sido político. E o fez da forma política menos transparente possível, colocando-o numa fritura que durou algumas horas. A imprensa até ficou sabendo antes do próprio secretário, que despachava com deputados do PSL e sindicatos da área de segurança no dia 19 de agosto passado.
Custódio já se foi. Por isso, Zema decidiu nomear, agora, o deputado federal Bilac Pinto (DEM). O ato saiu hoje, oito dias após as especulações sobre seu nome. A demora foi provocada pela hesitação do suplente dele, no caso o ex-deputado Marcus Pestana (PSDB), que acabou oficializando a desistência nesta terça.
No lugar de Pestana, assumirá Fábio Tolentino (ex-PPS/ hoje Cidadania). Bilac precisava organizar o gabinete que deixará para o suplente, de forma que seus funcionários sejam mantidos por lá. Até porque, poderá voltar a qualquer momento (em caso de insucesso com Zema e o partido Novo).
A mudança de Custódio para Bilac, tido como habilidoso no trato político, tem o objetivo de aproximar o governador da Assembleia Legislativa e criar ali uma base de sustentação política.
Dizem, lá na Assembleia, que não basta mudança só de nome, mas de métodos, que o secretário precisa ter autonomia ou “tinta na caneta”. Se isso ocorrer, ficará a pergunta: por que não tentaram com Custódio, dando-lhe a moral necessária para negociar, em níveis republicanos, com os deputados estaduais?
A aposta, entre os deputados, é sobre quanto tempo Bilac vai durar no cargo, já que, além de Zema, os obstáculos maiores seriam os membros do partido Novo.
Bilac é do DEM, mas sempre esteve ligado aos tucanos e vai conduzir as articulações políticas para tentar ganhar o apoio dos deputados estaduais à adesão de Minas ao programa federal de recuperação fiscal do governo federal. Ele já foi secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior no governo Aécio Neves (2003/2006). Foi também deputado estadual de 1995 a 2007, elegendo-se, em seguida, deputado federal e já está no cargo há 12 anos (quarto mandato).
Engana-se quem acha que, só agora, Zema descumpriu a promessa de não colocar políticos/candidatos a deputado ou deputados no governo. A Secretaria de Saúde, por exemplo, é comandada por um trio de “políticos”, que foi candidato na eleição passada.
O secretário Carlos Eduardo Amaral Pereira da Silva; seu adjunto, Bernardo Luiz Fornaciari Ramos, e o chefe de gabinete, Luiz Marcelo Cabral Tavares. Todos são filiados ao Novo e estão em franca preparação para voltar à disputa em 2022 por cargos de deputado federal e deputado estadual.
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Esse governador também não fez nada até agora, e nem fará. É pior do que todos que foram governadores.
Concordo contigo, só aumentou o salario dos secretários e quis cortar o salarios (ajuda de custo) dos estagiários. Isso ele foi rápido.E o povo acha que ele é bom. kkkk