Antes porta-voz e beneficiário da chamada ‘nova política’, o governador Romeu Zema (Novo), agora, recorre à velha política para se reapresentar após a experiência de dois anos de gestão. O mandato dele começa a entrar em sua segunda e última metade. Ainda tem muito tempo pela frente, até 2022, mas os prazos políticos seguem outro ritmo. Tanto é que, após as eleições municipais, onde seu partido e sua influência foram inexpressivos, ele resolver mudar o estilo.
Primeiro, admitiu ser pré-candidato à reeleição, durante o programa Entrevista Coletiva, da Band Minas, no dia 28 último. Em seus discursos e entrevistas mais recentes, Zema compara seu estilo ao de políticos tradicionais mineiros, como dos ex-governadores JK e Tancredo Neves. Segundo ele próprio, por ser mais ponderado, equilibrado e por dialogar mais.
Contraponto ao rival Kalil
Ao mesmo tempo, estaria fazendo contraponto ao eventual adversário, o prefeito reeleito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD). Esse é tido por seus rivais como centralizador, autoritário e de pouco diálogo. Os dois são os mais cotados para disputar o Governo de Minas em 2022.
“Quem que já gritou, deu murros na mesa e resolveu problemas assim? Eu tenho o meu estilo, gosto de entregar resultados. Não sou muito de dar murros na mesa e gritar. Raríssimamente isso acontece. Espero que isso não aconteça, mas Minas Gerais, apesar de eu não ter gritado, nem dar murros na mesa, é o Estado que tem a menor taxa de óbitos no país (na pandemia). Uma grande diferença para o segundo lugar que é Santa Catarina. Por quê? Será que foi murro na mesa e gritaria? Não, foi trabalho, foi comprometimento e disciplina. Isso é que resolve”, disse ele, durante encontro com bombeiros militares, na quinta (10), pontuando o estilo mineiro de trabalhar em silêncio. No evento, participou de reunião para balanço anual das atividades do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais.
“Se analisarmos os melhores políticos, inclusive, do século passado, nós vamos ver que não tinham esse estilo. Pegando Minas como exemplo, talvez, nossos grandes ex-governadores como Tancredo e Juscelino não faziam uso desse artifício, dessa artimanha para poder fazer aquilo que era adequado”, comparou.
Circulando mais e falando de entregas
Zema também está circulando mais, apesar do agravamento da onda da pandemia do novo coronavírus, que, agora, chegou a todos os 853 municípios. Cedro do Abaeté, na região central, era o único livre da Covid, mas agora registrou dois casos no último boletim epidemiológico estadual.
Por conta da mesma pandemia, ele não participou da posse do novo presidente do Tribunal de Justiça de Minas, desembargador Gilson Lemes, em julho passado. Agora, apesar da piora do quadro sanitário, ele está quebrando o próprio isolamento. Em duas semanas consecutivas (dias 4 e 11 de dezembro), foi a duas posses no Ministério Público de Minas Gerais. Nas duas, discursou e fez balanço positivo de sua gestão. Hoje à noite, deverá fazer o mesmo em jantar beneficente, promovido pela confraria BR, ao custo de 200 reais por pessoa (contribuição mínima) onde será o palestrante.
Além do combate à Covid, Zema vai focar seu discurso no aprimoramento da gestão para atrair investimentos, melhoria da Educação e redução nos índices de criminalidade.
A novidade é um contraponto à crítica de Kalil, que disse, em entrevista ao Roda Viva (TV Cultura), no dia 30 último, que ele (Zema) “não fala nada nem faz nada”. A reação do prefeito foi manifestada após crítica de Zema, que, na Band Minas, disse que “Kalil fala muito e faz pouco”.
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.
zema esta sendo o melhor governador da história, está conseguindo passar bem pela maior crise mundial, mais infelizmente o brasileiro gosta de políticos corruptos ou aqueles que falam muito e não fazem nada, o famoso kalil encantador de jumentos.