Pode melar, no todo ou em parte, a fusão entre as duas maiores locadoras de veículos do país, a Localiza Renta a Car e Unidas S.A. (nome fantasia da Locação das Américas – Locamérica). O negócio foi estimado em R$ 50 bilhões. Mas, se passar pelo Conselho de Administrativo e Defesa Econômica (Cade), deverá ficar com valor consolidado abaixo.
A segunda hipótese, portanto, refletiria alienação de ativos exigida pelo Cade. O Conselho, então, só aprovaria a fusão com os negócios da futura empresa bem abaixo dos 60% do mercado de locação de veículos.
O imbróglio foi revelado nesta sexta (15/01) pelo jornal “Valor”. O diário paulista, todavia, sustenta o assunto com base em dados de “fonte familiarizada”. Mas, mantida sob sigilo.
A solicitação da união Localiza-Unidas foi apresentada ao Conselho na semana passada. Portanto, não deve haver resposta rápida, pois, o Cade tem oito meses de prazo para julgar o processo de fusão.
Todavia, é bom lembrar, que não tem sido praxe o Cade barrar negociações de consolidação setorial.
Localiza teria 76,8% da empresa
A Localiza foi fundada por Salim Mattar (ex-secretário Nacional de Desestatização do Governo Bolsonaro) e seu irmão Eugênio. A empresa levaria para dentro fusão vários negócios, como, por exemplo, operações combinadas com a Hertz Brasil.
A proposta de fusão foi aprovada pelos acionistas das duas empresas em 12 de novembro. Os investidores da Localiza ficariam com 76,8% da futura empresa. A outra parte, 23,2% com os da Unidas.
As duas empresas somavam, em setembro, ativos acima de R$ 26 bilhões.
*Título original: Cade pode exigir venda de ativos na fusão Localiza-Unidas
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