Os grupos franceses multinacionais Alstom (mobilidade metroferroviária) e Hynamics (EDF – eletricidade) deram passo concreto na pauta de descarbonização da atmosfera. Poucos dias após a COP-26, na Escócia, firmaram acordo para soluções na otimização de reabastecimento nos futuros trens de passageiros movidos a hidrogênio.
Na quinta-feira (18/11), as partes fixaram como principal meta a diminuição do tempo nas paradas de reabastecimentos dos trens. Essa espera, portanto, seria um dos incômodos tanto para as empresas ferroviárias quanto passageiros, que estrearam na Europa em setembro de 2018.
Norma para o reabastecimento dos trens
Em um dos laboratórios de P,D&I da Électricité de France, será criado um “circuito de enchimentos”: estação de produção de hidrogênio, um compressor de até 450 bar e vários racks de armazenamento. Os técnicos, no momento, trabalham com a modelagem, cálculo e simulação. A previsão da Alstom, líder mundial em mobilidade sustentável e inteligente, e EDF é a de realizar testes a partir de 2022.
A meta das duas empresas, então, é a de criar “norma internacional de reabastecimento” com um limite na parada dos comboios para recargas de hidrogênio.
No momento, além das empresas da França, a Siemens e a Deutsche Bahn, na Alemanha, e a Hyundai Rotem (licenciada da Hyundai Motor), também avançam na engenharia para soluções de locomotivas a hidrogênio.
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Guedes apontou corrupção na Valec
Enquanto, isso, no Brasil, o setor ferroviário vive fora dos trilhos.
Uma semana após o ministro da Economia, Paulo Guedes, apontar “centro de corrupção” na Valec, o Governo Bolsonaro não esboçou qualquer reação. Isso, provavelmente, pelo incômodo de a estatal ferroviária ser quintal político do PL. E este é partido que deverá abrigar o presidente Jair Bolsonaro na campanha de 2022.
A Valec é, por sua vez, vinculada ao Ministério da Infraestrutura (antigo Transportes).
As acusações do ministro foram durante visita de Bolsonaro aos Emirados Árabes Unidos (EAU). Guedes pediu, até mesmo, o fechamento da Valec. O ministro ainda envolveu nas mesmas críticas a Estruturadora Brasileira de Projetos (EBP), outra estatal federal do setor.
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Contra Guedes, uso de offshore
Mas, o ministro Guedes, de sua parte, não vive bons momentos. Ainda, anda às voltas, por exemplo, com a investigação de sua empresa offshore e contas nas Ilhas Virgens, um paraíso fiscal. A audiência para se explicar, na Câmara dos Deputados, passou por remarcações de datas, mas não foi engavetada.
Com o retorno dele, a Comissão de Trabalho, Administração e Serviço da Câmara deverá, portanto, definir nova convocação. Porém, o ministro quer encerrar a novela. Pede, então, que a Comissão considere suficiente a documentação enviada, dia 9. Para ele, portanto, a papelada comprovariam que as denúncias de ilegalidade nos negócios não procedem.
Deixou a filha tocando as contas
O pedido do ministro foi anterior à viagem com Bolsonaro.
Entretanto, na semana passada, especificamente na terça-feira (16/11), surgiram novas denúncias. Uma delas, do deputado Elias Vaz (PSB-GO), acende outra fogueira no caso. O parlamentar acusa Guedes de ter omitido, por exemplo, ao Governo que, em ato contínuo ao afastamento da offshore, passou o comando à filha.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.
“Que maravilha!” Que se dane a nação hein Bolsonaro. Você é informado sobre corrupção em uma empresa e faz vistas grossas porque tem interesse político com o partido que te apóia. E Bolsonaro diz ainda que não há corrupção no governo dele. Imagine se houvesse. Na contra-mão do combate vai o ministro do Supremo Tribunal Federal que O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), derrubou a ordem de quebra de sigilo telemático e de suspensão de perfis em redes sociais aprovada, em outubro, pela CPI da Covid contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido)…. – Veja mais em https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2021/11/22/moraes-suspende-a-quebra-de-sigilo-telematico-de-bolsonaro.htm?cmpid=copiaecola. Tantos meses de trabalho da CPI prá quê? Prá não dá em nada, para terminar em Pizza. Até quando vai essa queda de braço entre o Legislativo e o Judiciário. Enquanto os dois poderes brigam para ver quem pode mais, a nação padece, e Jair Bolsonaro agradece.