A renomada empesa de serviços de turismo CVC Brasil Operadora e Agência de Viagens S.A. segue seu inferno astral sem fim. A companhia desde o mês passado está sem diretor Financeiro e de Relações com Investidores (CFO). Nesta quarta (24/05), para piorar, quem entregou o cartão de desembarque foi o presidente (CEO), Leonel Dias de Andrade Neto.
O Conselho de Administração, portanto, vai dar braçadas mais longas para encontrar, de uma só vez, executivos para três funções na Diretoria: Presidente, Financeiro e de Relações com Investidores. Leonel Neto acumulava os três cargos, após Marcelo Kopel renunciar e sair (29/04) de imediato na função CFO – Financeiro e RI.
Kopel vestia o coleta salva-vidas das esperanças da companhia na saída crise. Ele conseguiu, por exemplo, negociar e dobrar credores em debêntures, algo em torno de R$ 900 milhões. Mas, ainda segue a maior do turismo no Brasil.
CVC aumenta o time dos interinos
Na emergência, então, o CA apelou para uma operação band-aid, muito comum nessas situações entre as companhias abertas. Nela, conforme comunicado, entra um Comitê de Transição, liderado por um conselheiro, que terá peso nas escolhas dos novos executivos.
A executiva Eliane Silveira Lapa, diretora de Governança Corporativa e Compliance, ficará responsável também pela de Relações com Investidores.
Na carteira do Opportunity
A CVC é controlada por fundos geridos dentro do Grupo Opportunity, sendo maior fatia das ações (14,75% do capital) do Opeg FIA IE.
CVC continua no vermelho
A empresa apurou receita de R$ 295 milhões no 1T23. Ou seja, ligeiramente acima dos R$ 292 milhões em mesmo período de 2022. Mas, continuou operando com resultado no vermelho, com prejuízo de R$ 168 milhões. Resultado, portanto, com leve baixa em relação aos R$ 166 milhões do 1T22.
MATÉRIAS RELACIONADAS:
Ônibus fretados transportam 33% nas rodovias
CVC tem incerto após a renúncia de CEO
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.