Confederação Brasileira de Futebol (CBF) se acovarda ao não assumir a responsabilidade de paralisar o Campeonato Brasileirão, por conta da tragédia causada por estas enchentes no Rio Grande do Sul. Esse pedido foi encaminhado ontem (10/05) também pelo Governo. Mas a entidade jogou a decisão para os clubes.
O território gaúcho entrou novamente em estado de alerta: chuva intensa e formação de ciclone (veja adiante).
Dados deste sábado (11/05) da Defesa Civil do RS (boletim divulgado ao meio-dia – reproduzido pela Agência Brasil) para tragédia no Estado:
- 2 milhões (1,95 milhão) de pessoas atingidas;
- 340 mil (339.928) desalojadas;
- 71 mil (71.398) em abrigos;
- 136 mortes;
- 125 desaparecidas (número flutua);
- 756 feridas;
- 445 (89,5%) dos 497 municípios afetados.
A transferência dessa decisão não diminui a insensibilidade da entidade. Os clubes teriam recebido na sexta uma “circular” com pedido de “urgência” na resposta. A CBF se comporta, portanto, como gestora meramente arrecadadora.
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, declarou ontem, em entrevista, que desconhecia ofício do Governo. Entretanto, admitia a interrupção dos jogos. Mas, que caberia aos clubes tal decisão.
O que se espera, todavia, é que os clubes não reajam de forma egoísta. Ou seja, que demonstrem solidariedade ao povo do RS, que precisa de um movimento nacional amplo por uma construção possível.
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